Um dos filmes mais aguardados deste ano, ‘Nosso Sonho’, que conta a história da dupla Claudinho e Buchecha, estreia nos cinemas dia 21 de setembro. Além de contar com os atores Lucas Penteado e Juan Paiva como protagonistas, Lellê e Clara Moneke e também roubam a cena no longa, dando vida às namoradas dos músicos, Rosana e Vanessa, junto com Flávia Souza, como tia do Buchecha, Natalina.
“Eu fiquei muito querendo saber mais da tia Natalina. A gente vê como a nossa realidade é parecida. Eu cheguei a ouvir a vozinha dela, ela conversando com ele, que gracinha, uma fofura. Realmente, uma mulher muito iluminada, que é a pessoa que deu continuidade na criação do Buchecha. Muitas pessoas vão ver no cinema que aconteceu um imprevisto na vida dele e ele foi morar com ela”, diz Flávia Souza, em entrevista ao Mundo Negro.
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“A primeira casa que ele comprou quando fez sucesso foi da tia Natalina. Que mesmo com os filhos dela, acolheu o sobrinho e criou todo mundo igual, e fez com que possibilitasse ele ter uma vida tranquila, porque não é fácil ser compositor, eu sou compositora também”, conta a atriz.
“Essas mulheres negras fazem de tudo para manter o aquilombamento. Ela sempre mantinha a mãe dele informada, porque era uma forma da mãe proteger ele de certas coisas, então esse acolhimento, essa unidade de mulheres e de inspirações que fazem que se tem esses grandes homens. Porque mulheres são terra e o ventre é o universo, então todos nós somos desse ventre, desse universo feminino, desse matriarcal África”, destaca Flávia.
Para Flávia, integrar o elenco da cinebiografia é a realização de um sonho. “Eu sou muito fã. Na juventude, eu falei: ‘um dia eu vou fazer um filme de Claudinho e Buchecha’, mas eu não sabia que seria isso. Eu achava que eu ia fazer um filme deles. Eu conhecia o Claudinho, um cara super divertido e alegre”.
Já Lellê, em entrevista ao Mundo Negro, também celebra um papel inédito na carreira. “Eu tive muita honra de receber o papel da Rosana. Foi a primeira vez que eu fiz uma mulher casada, que tinha filhos e não era famosa. Diferente dos outros papéis que eu tive, eu não criei do zero, eu não fui colocando características na personagem, porque a Rosana é uma mulher que existe, uma mulher viva. E eu acho que todas essas mulheres fizeram muita diferença na vida deles. A Clara [Moneke] também que fez o papel lindamente e arrasou. A gente teve um pouquinho de contato, conversou, observei bastante pra não pecar em relação a minha interpretação, uma preocupação que eu tive. Mas, no final, deu tudo certo, foi ótimo”, comemora a atriz.
Para finalizar, Lellê acredita que a matriarca da família foi um apoio importante para todos. “Tia Natalina era a grande base de tudo pro Buchecha, pro Claudinho, pra Rosana e pra Vanessa, que chegaram depois. Depois que eles casaram, tiveram filho, eu acho que a Rosana, ela foi seguindo sendo também esse apoio, esse suporte na vida do Buchecha”.
Veja o trailer do filme:
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