“Ela me tratou como seu eu fosse escravo”, diz entregador “chicoteado” por nutricionista branca

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“Ela me tratou como seu eu fosse escravo”, diz entregador “chicoteado” por nutricionista branca
Foto: Reprodução

Sandra Mathias usou uma coleira de cachorro para agredir um dos entregadores

No domingo de Páscoa, a ex-jogadora de vôlei, Sandra Mathias Correia de Sá, cuspiu e agrediu dois entregadores, em São Conrado. Em um deles, ela usou uma coleira de cachorro para agredir como se fosse um chicote.

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O caso aconteceu porque Sandra se incomodou com os entregadores descansando na calçada perto de onde trabalham – e perto de onde ela mora – e começou a xingá-los. Segundo relatos dos entregadores, ela estava passeando com o cachorro quando viu o grupo de entregadores perto de sua casa, olhou para eles, cuspiu no chão e continuou o passeio. Depois, ela voltou e foi para cima dos entregadores.

No vídeo, é possível ouvir Sandra falando “você não estão na favela, p****. Você está aqui. Quem paga o IPTU aqui sou eu” para Viviane Maria de Souza, uma das entregadoras. Logo após, ela começa a xingar mais e ir para cima da entregadora dando socos e mordendo.

Em outro vídeo, Sandra começa a agredir Max Angelo com socos na cara, depois ela pega a coleira do cachorro e começa a atacar Max como se fosse um chicote.

“Ela me tratou como se eu fosse escravo. Só que ela está esquecendo que o tempo da escravidão já acabou há muitos anos. E isso não pode acontecer. É inadmissível. Não tem como aceitar uma situação como essa”, disse Max Angelo em entrevista para TV Globo.

O entregador relatou também que essa não é a primeira vez que a ex-jogadora agride os entregadores. Na última terça-feira ela agrediu verbalmente os mesmos entregadores que logo fizeram um boletim de ocorrência contra ela no mesmo dia.

Sandra, além do caso ocorrido, possui mais duas passagens pela polícia. A primeira é um furto de energia em Leblon, bairro onde está a escola de vôlei que ela é dona, e a segunda é por injúria e ameaça.

Ela é esperada na 15ª DP (Gávea) para responder por injúria e lesão corporal.

A Rappi se pronunciou sobre o caso e disse que não tolera nenhum tipo de preconceito e agressão. A Rappi também disse estar em contato com os entregadores dando suporte e auxílio.

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