O advogado Marcelo Shad anunciou que não continuará representando a família de Édson Davi, menino de 6 anos que desapareceu há mais de um mês na Praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Ele divulgou a decisão nesta segunda-feira (5) e afirmou que teve motivação pessoal e ética para deixar o caso, sem entrar em mais detalhes. Marize Araújo, a mãe do menino, confirmou a informação e agradeceu o advogado pela ajuda à família.
“Por motivos pessoais, se fez necessário que eu não seja mais o advogado da família do Davi. Tomei essa decisão por conta de vários acontecimentos e cheguei à conclusão de que seria melhor eu me afastar do caso. Penso que fiz o que deveria ser feito, com todas as estratégias. (…) Não vejo mais motivos para ser eu o advogado a continuar no caso, mas obviamente se houver mais alguma situação que eu possa contribuir, ou informação, apoiarei no caso. Nem toda convicção pode ser imposta, temos algumas formalidades e o papel do advogado não é impor nada”, disse Shad nas redes sociais.
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Ele também deu sua última atualização sobre o caso. “A partir deste horário, a polícia monta uma estratégia no sentido de encontrá-lo saindo, seja dentro de algum objeto, enrolado num pano. Estão buscando imagens no entorno, incluindo o mar, para saber para onde ele pode ter ido, porque não encontram nenhuma imagem dele saindo daquele local”, contou.
Na publicação, seguidores especulam a decisão do advogado em sair do caso. No último sábado (3), Marize teria feito uma live com outro advogado para comentar sobre o desaparecimento de Davi. No entanto, Shad não se manifestou a respeito. “Não deixem de cobrar uma resposta, nem abandonem a família”, escreveu na legenda de outra publicação.
No Instagram, a mãe do menino agradeceu o advogado pela trabalho realizado. “Quero agradecer ao doutor Marcelo por ter nos amparado nesse momento tão difícil, de tanta dor e desespero. Infelizmente, ele não vai continuar com a gente no caso, mas quero que saiba que terá sempre nosso respeito, gratidão e admiração. Que Deus te abençoe sempre!”.
Investigação no Caso Davi
No dia 4 de janeiro, Édson Davi desapareceu na Praia da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Para a família, após ter acesso a imagens divulgadas mais recentemente, o menino foi sequestrado. “Meu filho foi levado por alguém. Uma testemunha viu uma pessoa estranha conversar com ele uma hora antes do desaparecimento. Se fosse afogamento, o corpo já teria aparecido. Meu filho vai para o segundo ano do ensino fundamental”, disse para o jornal O Globo.
Para a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), a principal hipótese é de afogamento. O médico-legista Nelson Massini, afirma que após o afogamento, a pessoa pode ser encontrada flutuando em até uma semana. Em caso de mar agitado, a localização pode ser mais difícil, pois a força da água pode “jogar” o corpo para regiões distantes de onde as buscas estão sendo feitas, como para alto-mar, explicou ao Metrópoles.
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