Texto: Rachel Maia
Iniciar o mês de novembro, quando a pauta racial é uma constante, me faz pensar sobre a trajetória das mulheres negras nos avanços que conquistamos a cada década, a cada ano. Uma aldeia de saber e resiliência que se perpetua de geração em geração, para que as riquezas culturais ganhem novos mercados e, com isso, que a economia perpasse o sustento da família.
Notícias Relacionadas
‘O Auto da Compadecida 2’: Um presente de Natal para os fãs, com a essência do clássico nos cinemas
'Mufasa: O Rei Leão’ reacende memórias e apresenta novas lições
O empreendedorismo tem se tornado uma potência mercadológica, uma oportunidade para grandes ideias de negócios ganharem forma e se destacarem no mercado. O que não é novidade, mas vamos destacar aqui, o quanto as mulheres negras têm contribuído para o conhecimento e para a economia brasileira, que está crescendo e se reinventando para fomentar novas práticas de empoderamento feminino e diversidade.
A pluralidade nas empresas é algo que almejamos e pelo qual lutamos insistentemente e, para isso, não podemos deixar de lado a valorização do trabalho e das empresas geridas por mulheres negras, cuja relevância é significativa para o mercado e para a sociedade. De acordo com o estudo Panorama do Empreendedorismo Feminino no Brasil — Elas Empreendem de agosto de 2024, disponível no portal do Governo Federal, 85% dos negócios de empregadoras mulheres são formalizados, o que mostra um comprometimento com a saúde das empresas.
Quando a gente analisa os dados que revelam as dificuldades das empreendedoras quando o assunto é raça, temos um panorama que aponta para a importância de ampliar as oportunidades de acesso ao conhecimento e também de investimentos para mulheres negras, que ainda são minoria nos negócios relacionados às atividades científicas e técnicas.
As mulheres negras, que representam 4,7 milhões dos empreendedores brasileiros, notoriamente se destacam em negócios como: culinária, beleza e arte. Mas um novo cenário aponta com grande força nos últimos anos e mostra que há um mercado desejado e buscado por novas empreendedoras pretas e pardas nas áreas de tecnologia, finanças, comunicação, audiovisual e publicidade. Um mercado inovador que se destaca por mostrar como essas mulheres driblam a escassez e fazem uso da criatividade para evidenciarem seus trabalhos e se conectarem com o público.
Na área de finanças, por exemplo, elas têm se destacado por falarem sobre finanças e investimentos, com o objetivo de alcançar pessoas que nem sequer haviam se deparado com a possibilidade de entender como funciona a moeda que gere o mundo. Elas também estão engajadas em inserir outras mulheres e em desmistificar a ideia de que para investir é preciso ter muito dinheiro.
Bons negócios se fazem com conhecimento e, para isso, é necessário que haja oportunidades. Representamos mais de 28% da sociedade brasileira e crer que podemos alcançar inúmeros resultados propiciando aprendizagem em massa para outras mulheres é a continuação do que temos praticado, fazendo assim, com que a prosperidade se estabeleça em empresas de mulheres negras, para que elas possam reproduzir seus saberes e seguir contribuindo com a economia do Brasil.
Notícias Recentes
‘O Auto da Compadecida 2’: Um presente de Natal para os fãs, com a essência do clássico nos cinemas
Leci Brandão celebra 80 anos e cinco décadas de samba em programa especial da TV Brasil