A nova série ‘The Last Of Us’ está impressionando o público. Numa narrativa apocalíptica, fungos transformam seres humanos em monstros mortais, chamados de Infectados. Dentro do elenco, os personagens Sam e Henry chamaram atenção pela força e cumplicidade dentro do episódio 5, ‘Endure and Survive’. Como irmãos, eles se ajudam num processo contínuo e emocionante de sobrevivência. Em entrevista exclusiva ao MUNDO NEGRO, o ator Lamar Johnson, 28, que interpreta Henry, conversou com o jornalista Arthur Anthunes, 26, e explicou detalhes sobre o papel e como se preparou para viver um personagem tão intenso.
“O centro da minha preparação foi estabelecer uma conexão com Sam, porque essa é a história. Eu queria me certificar que nosso relacionamento e nossa conexão não apenas no set, mas fora dele, fosse forte desde o primeiro dia“, contou Lamar. O jovem Keivonn Woodard, que interpreta Sam, irmão caçula de Henry, é surdo e tem apenas 9 anos. “Fiquei muito feliz, feliz com o personagem que ele [Keivonn] é. Ele é tão talentoso. Isso foi o número 1. E em número 2 está minha aproximação com a língua de sinais. Eu não sabia língua de sinais antes de fazer esse papel, então tive que aprender para me comunicar com ele e também para o papel. Tive muita preparação com isso, mas quando começamos a gravar tudo aconteceu de forma muito orgânica”.
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Além do destaque em ‘The Last Of Us’, Lamar é estrela do filme ‘Brother’, obra ainda sem data de lançamento no Brasil, que também conta a história de amor e cumplicidade entre dois irmãos negros. O ator falou sobre a importância da arte na quebra de estereótipos associados às pessoas negras, em especial aos homens negros. “Acho que em última instância, quebramos estereótipos quando contamos histórias. Que tipo de histórias iremos contar? Acho que se continuarmos produzindo estereótipos, continuaremos colocando homens negros nos alvos, em brutalidade policial. São sempre as mesmas narrativas, as mesmas conversas. É preciso novas narrativas, novas conversas.“, disse Lamar.
Apesar da visão repetitiva dentro da mídia, o astro acredita que novas histórias, por mais cotidianas que possam parecer, podem ajudar a humanizar corpos negros na televisão e no cinema. “Acho que agora se contarmos novas histórias, teremos homens negros, atores negros, mulheres negras, pessoas negras no geral em espaços mais familiares e onde realmente existem“, diz ele. “Existem pessoas negras em todos os espaços e em diferentes situações no nosso dia a dia. Então, acho que seria interessante ser apto a ver isso e nos ver representados na tela em diferentes maneiras”.
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