O mundo parece estar voltando ao “normal”, mesmo que isso não faça sentido quando olhamos os dados sobre a Covid-19 no Brasil. O jornalista Diego Moraes, repórter da Globo e colaborador do site Mundo Negro fez uma reflexão importante inspirada na sua experiência dentro de um ônibus.
“E uma das várias formas de prisões poderia ser chamada de transporte público. Celas ambulantes, onde distanciamento social é privilégio, ou seja, o povo não tem”, disse o jornalista.
Notícias Relacionadas
Netflix anuncia documentário sobre trajetória de Mike Tyson
ONU lança Segunda Década Internacional de Afrodescendentes com foco em justiça e igualdade
Moraes descreve o cenário de vários brasileiros que não usufruíram do direito de ficar em casa ou realizar trabalhos remotos desde de começo da epidemia. “Tem é suvaco roçando no ombro, estranho respirando no cangote, gente se escorando em você pra não cair e a cada parada na estação, no horário de pico, a capacidade de sobreviver no centímetro quadrado de tão espremido que está”.
“A carga das prisões sobre trilhos e rodas é em sua maioria pobre e preta. Se o sistema não tá nem aí pra mudar nossa rotina, por que a gente não muda? Somos maioria e se ainda ouvimos que o poder embranquece, por que não viver numa sociedade que o poder enegrece também?”, finalizou Diego.
Notícias Recentes
FOTO 3X4: HUD BURK - Cantora
‘O Auto da Compadecida 2’: Um presente de Natal para os fãs, com a essência do clássico nos cinemas