Após um aluno bolsista do Colégio Bandeirantes tirar a própria vida, a instituição de elite em São Paulo criticou a imprensa em um comunicado enviado aos pais, dizendo que “há muitas inverdades”. Agora, a escola também passou a ter divergências com a ONG Ismart, responsável pela concessão das bolsas.
De acordo com a reportagem do UOL, publicada nesta terça-feira, 27, as tensões entre as duas partes ocorrem em meio a um debate sobre o nível de apoio necessário no horário escolar para a inclusão de alunos de baixa renda em colégios particulares.
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A Ismart faz a ponte entre adolescentes de baixa renda e os colégio particulares, concedendo bolsas de estudo por meio de um processo de seleção. De 360 bolsistas da ONG, 110 estudam na Bandeirantes, principal parceiro na capital paulista, atualmente.
Estela Zanini, diretora de convivência do colégio, deseja que os analistas da Ismart estejam mais presentes no ambiente escolar para atender às necessidades dos alunos bolsistas, mas a ONG discorda e considera a demanda uma inviável.
Além disso, após uma reunião, a diretora alegou que os bolsistas estariam com um comportamento “agressivo”, ao cobrarem ações mais efetivas para a saúde mental. A Ismart defendeu o posicionamento dos alunos, e afirmou que é compreensível dado o impacto emocional causado pela morte do colega.
Mariana Monteiro, CEO da ONG, destacou a importância de aprimorar o processo de inclusão dos bolsistas, sem encerrar as parcerias que, segundo ela, transformam a vida dos jovens e suas famílias para melhor.
No último sábado, 24, a Folha de S. Paulo divulgou um comunicado do colégio enviado aos pais, criticando à imprensa. “Estamos cientes do tom e conteúdo de tais notícias, e reafirmamos que há muitas inverdades, e que o tema não foi apurado com responsabilidade pelos veículos divulgadores. Ademais, o tom sensacionalista é extremamente irresponsável e impacta negativamente a saúde mental de nossos alunos e colaboradores”, disse ao colégio, ao culpabilizar as notícias pelo agravamento da ansiedade de todos.
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