A Copa do Mundo de futebol feminino começa no dia 20 de julho, e a repórter Denise Thomaz Bastos foi escalada para acompanhar a seleção brasileira in loco, entre Austrália e Nova Zelândia, para a TV Globo e do sportv, realizando mais uma cobertura de evento esportivo internacional.
Nesta sexta-feira, 7 de julho, ela também estreia no “Globo Repórter“, junto de Marcelo Courrege e André Galindo, que irão mergulhar na história das meninas e mulheres que derrubam preconceitos para jogar futebol, após a novela das 21h, “Terra e Paixão”.
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Denise gravou uma chamada da entrevista que realizou com a Manu, de 11 anos, jogando pela primeira vez com atletas profissionais do Cruzeiro, em um treino intenso no CT Toca 1, em Belo Horizonte (MG). A família da garota precisou entrar na justiça para conseguir jogar futebol na escola.
Em uma entrevista exclusiva, Denise falou sobre esse novo momento na carreira e os desafios do futebol feminino. Confira abaixo:
Como é cobrir Copa do Mundo? Qual o lugar que ocupa na carreira de uma jornalista?
Muitos dizem que cobrir uma Copa do Mundo é o auge pra profissão. Eu enxergo como uma possibilidade de crescimento pessoal e profissional. Estar cercado por pessoas de rodo o planeta, convivendo com as melhores jogadoras do mundo, fazendo parte da história. Copa é uma competição única.
Quantas e quais você já cobriu? O que de mais especial guarda delas?
Em 2014, aqui no Brasil, fiz alguns jogos em São Paulo. A abertura da Copa foi uma coisa absurda. O estádio lotado. Eu fiz produções de matérias e dava suporte nos vivos. Foi a primeira experiência. Em 2019, fui pra França, e aí sim, vivi todo o processo que envolve uma Copa. Coletivas, credenciamento, entender como funciona o padrão FIFA. Observar e aprender com todos da equipe. Conhecer outro país, outra cultura. O que mais fica dessas coberturas é o quanto você aprende com o outro. Erros e acertos. A gente sempre volta com novas perspectivas.
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Como a gente vai te ver nesta Copa?
Estou na equipe vai acompanhar a seleção brasileira. A ideia é dividir a transmissão, matérias factuais, vivos e participações nos programas da TV Globo e do sportv entre os três repórteres da cobertura. Na primeira fase, devo ficar mais ligada a matérias para os jornais da TV Globo e vivos, antes e depois dos jogos. Sejam eles na frente do hotel da seleção, no meio da torcida ou em algum ponto da cidade.
Como negócio, o futebol feminino está em crescimento, mas quais barreiras você acredita que ainda precisam ser superadas?
O futebol feminino no Brasil já provou que é rentável. Que dá lucro e que é bonito de se ver. Ainda falta investimento, principalmente, na base. Os clubes e a sociedade precisam entender que, para o desenvolvimento da modalidade, é necessário investimento. Dar o básico para essas meninas, local de treino, nutrição, fisioterapia. Tudo precisa ser bem alinhado e preparado. Vimos na última rodada da primeira fase do Campeonato Brasileiro meninas reivindicando salário atrasado, sem refeição decente. Não dá pra ter alto rendimento com fome. Então, para melhorar mesmo, é preciso que o trabalho seja sério. Com olhar para a base, para quando essas meninas atingirem a fase adulta, elas estejam prontas para dar 100% em campo.
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Fale um pouco da participação no ‘Globo Repórter’, que vai ao nesta sexta-feira, 5 de julho e que conta trajetórias como a da Emanulle Oiveira, a Manu, de 11 anos, que precisou entrar na justiça para conseguir jogar futebol na escola, e agora, é jogadora do Cruzeiro.
Esse ‘Globo Repórter’ é muito especial pra mim. É minha estreia no programa, falando sobre futebol feminino. A Manu desperta confiança, coragem e vontade de fazer o que se quer. Tudo isso junto com um sorriso meigo e um olhar carinhoso. A história dela inspira!
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