“A história já começou estranha. Como dois caras brancos pró-Trump poderiam ser fãs do Empire a ponto de saber quem era Jussie?”, disse o comediante DL Hughley em seu Instagram a respeito do suposto ataque que o ator Jussie Smollet teria sofrido, conforme divulgamos em janeiro. O ator foi preso nesse quinta-feira, 21, por ter feito uma denúncia falsa à policia de Chicago alegando ter sido vítima de um ataque de ódio.
“Dois irmão nigerianos, eleitores do Trump, cometendo um ataque racista durante uma noite fria?”, zombou o comediante negro e gay, Jaboukie, durante o Daily Show de Trevor Noah.
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Em janeiro, logo após denúncia de Jussie ser divulgada pela imprensa, a comunidade negra ficou em choque. Muitas celebridades como Jada Pinket e até a mãe dele na ficção, a atriz Taraji P. Henson, saíram em defesa do ator, destacando os tempos de ódio que os EUA vivem, onde negros, estrangeiros e a comunidade LGBT+ são os que mais sofrem com a violência.
Mesmo quando indícios iniciais mostravam que Jussie havia mentido, a Fox emitiu um comunicado dizendo que devido ao profissionalismo do ator, ele não seria removido do roteiro de Empire. Agora com a prisão do ator, os produtores do programa têm um grande desafio pela frente.
O poderoso ator e produtor Type Perry disse que conversou com Jussie, que jurou estar dizendo a verdade. “Além disso, todo mundo que eu conheço e que conhece ele, disseram que ele não é o tipo de pessoa que faria algo tão horrível e feio, apesar das evidências mostrarem o contrário”, disse Perry em seu Instagram.
O G1 fez uma análise cronológica do escândalo:
22 de janeiro: Uma carta com uma ameaça e xingamentos racistas e homofóbicos, destinada a Smollett, chega ao estúdio em Chicago onde é gravada a série “Empire”.
29 de janeiro: Polícia abre investigação de possível crime de ódio depois de denúncia feita pelo ator, que afirma ter sido atacado por dois homens brancos com xingamentos racistas e homofóbicos, alvejante e uma forca.
30 de janeiro: Investigadores anunciam que encontraram imagens de câmeras de vigilância com dois possíveis suspeitos.
1º de fevereiro: Smollett divulga primeiro comunicado após episódio, no qual diz que está bem e agradece o apoio recebido de colegas e fãs. Ele também defende sua versão do ataque.
11 de fevereiro: A polícia reclama que o ator entregou dados incompletos de seu celular.
13 de fevereiro: Os irmãos Osundairo são detidos após chegarem de um vôo da Nigéria. A polícia revista sua casa e encontra roteiros da série.
14 de fevereiro: Smollett dá sua primeira entrevista na TV após o incidente, e afirma estar falando a verdade.
No mesmo dia, a polícia afirma que ao menos um dos homens detidos apareceu como figurante em “Empire”, mas que eles ainda não eram suspeitos. Os advogados dos irmãos afirmavam que eles eram inocentes.
15 de fevereiro: A polícia afirma que os irmãos são suspeitos, mas libera os dois sem acusações. Em seguida, investigadores dizem que eles não são mais considerados suspeitos.
16 de fevereiro: Emissoras americanas, como a CNN, afirmam que os irmãos disseram à polícia que foram pagos para participar do falso ataque. Um porta-voz da polícia diz que as informações fornecidas pelos dois mudaram o rumo das investigações.
Advogados do ator reafirmam que ele foi vítima de um crime de ódio e que continuará a cooperar. A polícia divulga que quer conversar novamente com ele.
20 de fevereiro: A polícia anuncia que Smollett é considerado oficialmente suspeito de fazer uma denúncia falsa.
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