Estudantes que ingressaram em universidades e instituições federais por meio de cotas apresentaram um desempenho superior ao dos não cotistas, conforme revelado pelo Censo da Educação Superior 2023, divulgado na última quinta-feira, 3. De acordo com os dados, 51% dos cotistas concluíram seus cursos no último ano, enquanto o índice de conclusão entre os não cotistas foi de 41%.
O levantamento também analisou o cenário em faculdades da rede privada, onde os estudantes que entraram por programas de inclusão federais, como o Prouni e o Fies, também superaram os demais em termos de conclusão de cursos. Entre os beneficiários do Prouni, 58% finalizaram a graduação, ante 36% dos que não receberam o auxílio. Já entre os alunos que utilizaram o Fies, 49% concluíram seus cursos, contra 34% dos que não contaram com o financiamento estudantil.
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O Censo da Educação Superior também revelou que o número de universitários matriculados no país alcançou 9,9 milhões em 2023, registrando um crescimento de 5,6% em relação ao ano anterior. Este aumento representa o maior crescimento nos últimos nove anos, segundo o Ministério da Educação.
Atualmente, o Brasil conta com 2.580 instituições que oferecem cursos de graduação, das quais 2.264 são privadas e 316 públicas. A maior parte dos alunos está concentrada em faculdades privadas, que somam 79,3% dos matriculados, o equivalente a 7,9 milhões de estudantes.
O censo também destacou o crescimento dos cursos de ensino a distância (EaD). Em 2023, as matrículas em EaD chegaram a 4,9 milhões, representando 49% do total de alunos matriculados em cursos de graduação, uma diferença de apenas 150 mil matrículas em relação aos cursos presenciais.
Apesar do aumento no número de matriculados no ensino superior, o Brasil ainda está abaixo da média dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). No Brasil, apenas 22% dos jovens entre 25 e 34 anos possuem diploma de ensino superior, enquanto a média global dessa faixa etária é de 47,4%.
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