A Rede Vozes Negras pelo Clima, fruto do projeto “Mulheres Negras e Justiça Climática” da Anistia Internacional Brasil reúne líderes femininas de oito estados brasileiros, representando diversos biomas. Sua missão transcende fronteiras, buscando promover direitos humanos, justiça socioambiental e combate ao racismo climático em escalas territorial, regional, nacional e internacional.

Atualmente, durante a COP28 em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, essas mulheres estão ativamente presentes, contribuindo para os debates sobre mudanças climáticas. A COP, uma iniciativa anual da ONU, visa prevenir intervenções humanas prejudiciais ao sistema climático mundial. A participação da Rede Vozes Negras na COP28 destaca-se, ampliando o diálogo e fortalecendo vozes historicamente marginalizadas em nível global. O evento acontece de 30 de novembro a 13 de dezembro.

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Essas líderes negras, envolvidas em ações locais e regionais, expandem sua influência para a esfera internacional, potencializando a ação de mulheres negras no enfrentamento do racismo ambiental. “Dependendo do local, a repercussão dos desastres climáticos é diferente e sabemos que em nossos territórios é tudo ainda mais cruel e difícil. Temos que chegar nesse lugar de decisão, pois nós como mulheres negras vamos trazer para o chão a realidade que não é olhada”, Maria José Pacheco membro do coletivo em um documento de apresentação do projeto.

Durante a conferência, a Rede busca potencializar e dar visibilidade às ações já desenvolvidas por suas integrantes, conectando-as a esforços mais amplos de incidência política em nível nacional e internacional. Além disso, a formação e empoderamento das mulheres da rede nas temáticas das mudanças climáticas e do racismo ambiental são objetivos específicos, visando o acesso aos mecanismos nacionais e internacionais de denúncias e garantia de direitos.

A incidência política e advocacy nos territórios, espaços e organismos nacionais e internacionais são pilares fundamentais da atuação da Rede, buscando alcançar ações de mitigação, reparação, adaptação e resolução de conflitos. Essas mulheres não apenas levam suas vozes aos corredores do poder, mas moldam as conversas, influenciando políticas e práticas para criar um futuro mais justo e sustentável para todos.

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