COP 30: povos originários e negros na tomada de decisão

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COP 30: povos originários e negros na tomada de decisão
Foto: Lucas Landau/ISA

Texto: Rachel Maia

A movimentação para que a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30) contemple as pessoas que estão na base da tomada de decisão tem ganhado cada vez mais espaço. Incluir as pessoas que são referência quando o assunto é sustentabilidade e preservação do meio ambiente é fundamental para que as soluções almejadas para os próximos anos se concretizem.

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Belém do Pará será a anfitriã da COP 30, que acontecerá em novembro, e incluir todos os brasileiros nessa ação será essencial para a evolução dos processos. O Ministério Público Federal (MPF) deu início a procedimentos para inclusão e também parecer dos povos originários e quilombolas no evento, que é referência em mudanças climáticas. Como publicado no site do MPF quando se iniciou a COP 29. A ação foi aberta em 2024, e é inclusiva, reparadora e estratégica.

Brasil

Presidir, em 2025, uma conferência anual de impacto mundial é importante para o Brasil, e também representa uma oportunidade de lançar luz sobre pontos e assuntos que costumam ficar entre quatro paredes. A atuação sem considerar todos os envolvidos nas resoluções e na distribuição de riquezas gera atrasos que correspondem ao caos que temos presenciado continuamente.

Nos últimos dias, nos deparamos com os resultados dos eventos climáticos. Aqui em São Paulo, uma chuva contínua e em grande escala tem deixado a população em estado de alerta, e a classe trabalhadora em situação de risco constante. O transporte público — ônibus, metrô — tem sido referência de insegurança quando o assunto é calamidade. E é por isso que o protagonismo de quem vivencia a realidade dos efeitos climáticos nas deliberações e na tomada de decisão é tão importante.

Sujeito de direitos

O racismo ambiental é uma das pautas que as pessoas negras e os indígenas querem debater em Belém. O acesso à saúde, à água potável, ao saneamento básico e à segurança alimentar é um direito constitucional, mas a luta para que seja garantido não cessa.

Eventos como esse destacam nossas potências, como a biodiversidade, mas também nossas ressalvas, como a falta de diálogo e inclusão de quem também detém o saber e o direito à terra. É importante reconhecer o lugar de fala de cada indivíduo! Este momento que antecede a COP 30 é fundamental para ajustar os ponteiros e potencializar soluções que vêm da base do pertencimento, de quem vive essa realidade e está ativamente viabilizando maneiras de perpetuar a existência de todos os povos e, principalmente, da natureza.

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