Clarice Phelps tornou-se uma figura notável na ciência ao contribuir para a descoberta de um novo elemento na tabela periódica, o Tennessine (Ts), número 117. Ela agora é a primeira mulher negra que se tem registro a ter ajudado a incluir um elemento químico na tabela periódica.
Ainda criança, Phelps desenvolveu sua paixão pela ciência e ao ganhar microscópio da mãe na infância, ela logo se viu imersa em experimentos na cozinha de sua casa. Seu interesse crescente por química só se aprofundou durante os anos escolares, especialmente nas aulas de química do ensino médio.
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Sua jornada acadêmica começou na Tennessee State University, onde obteve seu diploma de bacharel em química em 2003. Ela prosseguiu para a Universidade do Texas em Austin, onde conquistou um mestrado em Engenharia Nuclear e de Radiação. Sua carreira na ciência avançou quando ela ingressou na Marinha dos Estados Unidos, aplicando seus conhecimentos em química no manuseio de materiais radioativos.
No Laboratório Nacional de Oak Ridge, Clarice Phelps desempenhou um papel crucial na purificação de produtos químicos, contribuindo para a criação do Tennessine. As substâncias purificadas que ela trabalhou foram enviadas para o exterior e usadas como materiais-alvo na produção do elemento 117.
Mas para realizar suas conquistas profissionais, a química também enfrentou o isolamento como uma das poucas mulheres e a única mulher negra em muitos ambientes profissionais. Em uma entrevista à CNN, ela relembra ter sido inicialmente confundida com a equipe de limpeza em seu laboratório: “Durante os primeiros 18 anos da minha carreira, fui a única mulher negra na minha área. Quando eu estava na Marinha, era a única negra da minha divisão. Depois, no meu laboratório, eu era a única mulher negra em toda a instalação – e inicialmente pensaram que eu era a zeladora”, disse ela ao lembrar que alguém lhe pediu para recolher o lixo.
A descoberta de Phelps foi oficialmente reconhecida em 2019 pela União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC), foi quando ela descobriu que era a primeira mulher negra a contribuir para a descoberta de um elemento. Esse reconhecimento trouxe uma nova perspectiva para a cientista, que agora se vê como uma inspiração para outras jovens que desejam seguir uma carreira na ciência.
A cientista falou sobre o assunto durante sua palestra no Ted Talks, em 2019, onde desafiou os mitos sobre o gênio solitário na ciência e destacou as histórias de mulheres negras pioneiras.
“Isso mudará a pequena mas crescente comunidade de cientistas afro-americanos e outros cientistas de comunidades marginalizadas”, contou. “Ser capaz de ver algo de si mesmo, de sentir as lutas comuns que compartilho nesta jornada, de conhecer a invisibilidade comum do nosso impacto na comunidade científica, será significativo.”
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