O governo de Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência por causa dos incêndios no Pantanal. Apenas em 2024, mais 3 mil focos de fogo em grandes proporções foram registrados na região.
Até este domingo (23), o bioma registrou uma área queimada de 627 mil hectares, com 480 mil hectares em Mato Grosso do Sul e 148 mil hectares em Mato Grosso, conforme informações da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Esses números já ultrapassam os de 2020, ano que marcou o recorde de devastação no bioma.
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A Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, declarou que essa é uma das ‘piores situações já vistas’. “Na Amazônia, a estiagem leva para esforços em relação à logística e abastecimento. E, no Pantanal, tem a ver com logística e incêndio. Porque nós estamos diante de uma das piores situações já vistas no Pantanal”, declarou. “Toda a bacia do Paraguai está em escassez hídrica severa. Nós não tivemos a cota de cheia, não tivemos interstício entre o El Niño e a La Niña, e isso faz com que uma grande quantidade de matéria orgânica em ponto de combustão esteja causando incêndios que são fora da curva em relação a tudo que se conhece”.
Marina também destacou que um dos principais fatores que contribuem para o aumento das queimadas são os incêndios intencionais iniciados por pecuaristas para renovar pastagens. “Temos um dado que mostra que nos municípios que mais desmatam, há mais incêndios. No caso de Corumbá (MS), o município que mais desmatou, não por acaso, é também o que mais tem incêndios,” pontuou.
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