Adoção, famílias interraciais, relacionamentos abertos e, paternidade presente, são os principais temas abordados
Em 2023 vamos ver amor negro nas telas. Isso porque as cineastas da Kilomba Produções estão em fase de finalização do roteiro da série documental “O que quero dizer quando falo de amor“. Ganhadora do edital de desenvolvimento de roteiro da Rio Filme de 2021, a série se propõe a falar sobre amor, sexo e relacionamentos afetivos com foco na população negra, mas abrindo espaço para o diálogo com a população não negra. As filmagens acontecem a partir deste primeiro semestre.
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“Queremos olhar juntas o presente e desenhar um futuro melhor e só podemos fazer isso usando o amor como principal ferramenta. Amar é um exercício de liberdade e de confiança, precisamos falar sobre o amor. “, ressalta a diretora da série, Natara Ney, integrante da Kilomba Produções, juntamente com Erika Candido, que assina a direção de produção, e Monique Rocco, responsável pela produção executiva.
O roteiro conta com a supervisão do roteirista Elisio Lopes, e com Natara Ney e uma equipe de jovens roteiristas, que conta com Bruno Victor na assistência de roteiro e Evandro Conceição na pesquisa.
“O mais desafiador dessa produção e ao mesmo tempo o que nos motiva estar inseridas nessa travessia, é o desafio que temos pela frente de falar sobre AMOR. É difícil vermos em produções nacionais, pessoas pretas dialogando sobre amor. Será uma travessia complexa e pautando novos tempos para nosso povo preto.”
Em cada um dos episódios, o amor é o tema principal, amor como herança para o futuro. “Nosso desejo é falar sobre os caminhos para construir relacionamentos saudáveis, fora das estruturas eurocêntricas do que é afeto, conceitos antigos que diziam quais corpos merecem ser amados. Tratamos aqui do amor como um processo de cura, amadurecimento e celebração da diversidade étnica.”, explica Natara Ney.
O público-alvo da série são pessoas interessadas em discutir, pensar e entender as condições de vida da população negra na sociedade brasileira, com destaque para a construção da afetividade, além do público estudioso do tema da negritude e seus muitos afluentes. Trata-se de um projeto que servirá de base de dados para outras narrativas e discursos.
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