Coletivo “Mulheres Negras na Biblioteca” lança primeira plataforma para troca de livros de autoras pretas

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Coletivo “Mulheres Negras na Biblioteca” lança primeira plataforma para troca de livros de autoras pretas
Imagem: Marina Souza

O coletivo Mulheres Negras na Biblioteca lançará pelo site (www.mulheresnegrasnabiblioteca.com.br) a primeira biblioteca on-line, do Brasil, de troca de livros escritos por autoras negras. O lançamento da plataforma  será no dia 27 de maio, às 15h, via Zoom, em um evento em parceria com o SisEB (Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de São Paulo), com as participações de Ola Ronke (‘The Free Black Women’s Library)  que serviu de inspiração para o projeto brasileiro , Carine Souza (‘Mulheres Negras na Biblioteca’) e Semayat Oliveira (‘Nós, mulheres da periferia’). O bate-papo online sobre ações de incentivo à leitura de obras de autoras negras abordará experiências realizadas nos Estados Unidos e no Brasil.

“Em 2020 fomos contempladas do edital do Programa VAI, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, com um proposta de biblioteca itinerante de trocas de livros de autoras negras, inspirada na ‘The Free Black Women’s Library’. mas tivemos que adaptar a proposta devido à pandemia. Então, pensamos em criar um site para a realização da troca, que será concluída via Correios”, explica a produtora cultural Carine Souza, uma das organizadoras do coletivo.

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Carine Souza, uma das integrantes do coletivo Mulheres Negras na Biblioteca (Imagem: Acervo pessoal)

Para que haja a troca dos livros, Carine explica que, no site cada pessoa poderá selecionar dois títulos por mês. Para que fazer a troca, ela deve se cadastrar e informar dois livros de autoras negras que ela tem e quer dar em troca; a solicitação será avaliada e ela receberá uma notificação de confirmação e um prazo para o envio das obras; quando os livros dela chegarem um prazo de envio é gerado.

O  acervo contará, inicialmente, com aproximadamente 200 livros de escritoras negras nos gêneros ficção-científica, ensaios, poesia, biografias e romances nacionais e internacionais. Em conversa com a escritora Ola Ronke, Carine não vê diferenças significativas no processo de invisibilização de autoras negras e que o objetivo comum de ambos os projetos é combater o apagamento das mulheres pretas no âmbito literário.

O coletivo Mulheres Negras na Biblioteca é um projeto de incentivo à leitura de obras de escritoras negras, idealizado e organizado por profissionais de Biblioteconomia e Letras, que se dedicam, desde 2016, a promover atividades culturais a fim de contribuir para a formação e aumento do público leitor de autoras negras, com o objetivo de tornar notável a importância da inclusão dessas obras nos acervos das bibliotecas.

“Costumamos dizer que o nosso trabalho é de formiguinha. Mas como estamos na base da pirâmide social, qualquer movimentação que fazemos, por menor que pareça ser, abala toda a estrutura. Para citar exemplos: em 2018, fomos convidadas pela coordenação do Sistema Municipal de Bibliotecas para um evento que eles estavam promovendo; aceitamos o convite, mas em contrapartida pedimos que considerassem uma lista com aproximadamente 200 títulos de autoras negras que enviamos para incluir nas listas de novas aquisições das bibliotecas; eles aceitaram. Após isso recebemos relatos de bibliotecas que receberam uma quantidade significativa de livros de autoras negras”, aponta, Carine.

SERVIÇO

Lançamento do projeto Mulheres Negras na Biblioteca de Trocas (MNBT)

Quando: 27 de maio

Horário: 15h

Onde: http://siseb.sp.gov.br/…/webinar-autoras-negras-nas…/…

Apoio: Programa VAI, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo

Instagram: @mulheresnegrasnabiblio

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