Cinco trabalhadores foram resgatados em condições análogas à escravidão nas instalações do Lollapalooza, festival de música que acontece entre esta sexta-feira (24) e domingo (26), em São Paulo. Eles foram encontrados por auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), na última terça-feira.
Os homens resgatados estavam dormindo entre fardos de bebidas, sobre pallets e colchonetes, em tendas montadas dentro do complexo do Lollapalooza no Autódromo de Interlagos. A vigilância seria necessária para garantir a segurança da mercadoria, depois de trabalharem 12 horas por dia como carregadores de bebidas. Eles receberiam R$ 130 por dia de trabalho e continuariam trabalhando até o dia 29, durante a desmontagem do evento.
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A produtora de eventos Time 4 Fun, conhecida como T4F, organizadora do festival, disse em nota exigir que todas as empresas prestadoras de serviço garantam condições de trabalho aos seus funcionários e que encerrou o contrato com uma terceirizada.
As vítimas trabalhavam sem os devidos registros trabalhistas. “Com idade entre 22 e 29 anos, eles não tinham dignidade alguma, dormiam dentro de uma tenda de lona aberta e se acomodavam no chão. Não recebiam papel higiênico, colchão, equipamento de proteção, nada”, afirma Rafael Brisque Neiva, auditor fiscal do Trabalho que participou da operação de resgate.
Eles começaram a trabalhar na semana passada e desde então, eles foram proibidos de voltar para casa e nem tomaram banho em uma casa localizada pela terceirizada Yellow Stripe.
Em nota, a Yellow Stripe informou que “cumpriu as determinações do Ministério do Trabalho, sendo que os empregados em questão foram devidamente contratados e remunerados”.
No mesmo dia do resgate, as empresas foram obrigadas a ressarcir cada trabalhador com cerca de R$ 10 mil. Eles também terão direito ao seguro-desemprego.
Fonte: Folha de São Paulo
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