Nesta quinta-feira (20), começou a Copa do Mundo Feminino 2023. A CazéTV, mídia alternativa fundada pelo influencer Casimiro, um dos grandes influenciadores do momento, vai transmitir os jogos ao vivo da Copa. Porém, das 20 pessoas escaladas para as transmissões, apenas uma é negra.
O time completo, de apresentadores e comentaristas, que vai transmitir os jogos pela CazéTV foi anunciado ontem (19), mas apenas a ex-jogadora da seleção feminina, Fran, é negra. Nas redes sociais, influencers e seguidores cobraram a falta de representatividade.
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A jornalista e influencer Isabela Reis definiu como “desolador”. “Eu sou muito fã do Cazé, mas é desolador como até a mais jovem e alternativa mídia remonta o mesmo panorama racial das redações tradicional. Muitas mulheres mas quase todas brancas. 1,2 pessoas pretas numa lista imensa de gente brancas”, criticou a jornalista.
Além da falta de representatividade, a jornalista Jordana Araújo não está incluída na arte oficial do time da transmissão dos jogos do CazéTV. Ela será repórter. “Quando você já tem uma diversidade racial MINÚSCULA na sua equipe e ainda esconde gente FODA que tá envolvida, não tem outro nome. É racismo”, comentou a jornalista Júlia Belas.
A criadora de conteúdo e pós-graduada em jornalismo esportivo, Duds Saldanha, disse que essa falta de representatividade é um dos principais motivos para ela nunca ter exercido a área: “Por isso que pós-graduei em jornalismo esportivo e nunca quis exercer. É muito ruim estar sozinha no meio de um panteão branco. Às pretinhas que ainda tentam: boa sorte, por que olha…”
Muitos seguidores relembraram que Casimiro já foi cobrado por falta de representatividade em outras coberturas, onde a maioria dos que foram escalados eram amigos próximos de Casimiro.
Mesmo com as críticas, nem Casimiro e nem a CazéTV se pronunciaram sobre o caso.
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