O Google anunciou que irá investir R$ 1 milhão para a criação de um projeto, em parceria com o Ministério da Igualdade Racial, para apoiar programadores negros e negras e instituições que pesquisam racismo na internet e discurso de ódio on-line, nesta terça-feira (6). Foi estabelecido um grupo de trabalho entre Ministério e Google para moderação de conteúdos racistas nas plataformas da empresa , como o Youtube. A empresa também informou sobre outras iniciativas diretas de combate ao racismo, com apoio a pesquisas e suporte a negócios liderados por pessoas negras, por exemplo.
O encontro entre as equipes, se deu após o caso do aplicativo que simulava práticas da escravidão que estava disponível na loja online da plataforma. Durante a reunião, a ministra Anielle Franco abordou a necessidade da moderação e exclusão de conteúdos racistas, da desinformação e de discursos de ódio que veiculam na internet, a responsabilidade das plataformas digitais na perpetuação destes conteúdos, e questionou sobre políticas e protocolos de moderação de desinformação a nível global.
“É fundamental termos uma colaboração entre governo e iniciativa privada pra combate ao racismo e o discurso de ódio. O ambiente virtual, hoje, é onde mais se prolifera esse tipo de conteúdo e as grandes empresas de tecnologia têm responsabilidade nesta moderação. Já nos reunimos com a Meta e hoje foi com o Google, vamos continuar nos reunindo com mais plataformas”, afirma Anielle.
Em maio, a web descobriu um jogo racista que simula a escravidão no Play Store, plataforma de aplicativos do Google. Nele, o jogador é dono de escravos e tem o poder de omprar, vender e até torturar negros escravizados. O jogo só foi removido após a repercussão.