O primeiro balanço divulgado pelo programa ‘iFood Acredita’, realizado em Salvador e que visa acelerar o empreendedorismo negro na plataforma, identificaram por meio do programa que 70% dos empreendedores participantes são mulheres.
O programa piloto, liberado para restaurantes cadastrados na plataforma e também para aqueles que ainda não utilizam o app como recurso, também constatou que as usuárias possuem idades entre 25 e 44 anos.
O estudo também mostrou que 70% dos empreendedores estão liderando seu próprio negócio pela primeira vez, além de apontar que 78% deles trabalham sozinhos.
Ao identificar o perfil dos empreendedores inscritos no programa e suas principais dificuldades, a equipe de Equidade do iFood tem reunido esforços para viabilizar melhorias no processo de trabalho deles.
“Estamos muito felizes porque já temos indícios e condições de seguir em “mergulho profundo” nesses próximos meses, entendendo os motivos pelos quais alguns empreendedores, após entrarem no programa, decolam alto, enquanto outros, mesmo com incentivos, não avançam em resultados”, explicou Angel Vasconcelos, diretora de equidade do iFood.
Ainda durante o programa, 83% dos participantes acionaram a consultoria de performance e quase 400 certificados foram emitidos no iFood Decola, para os participantes do programa.
Nosso objetivo é potencializar os negócios de empreendedores negros, propondo mais visibilidade dentro do aplicativo. Para aprimorar o desempenho na plataforma, oferecemos consultoria de performance, além de treinamentos de gestão e operação pelo iFood Decola, plataforma de educação gratuita do iFood voltada para parceiros”, explica Angel.
A executiva acrescentou que uma linha de crédito facilitada foi disponibilizada para os empreendedores. Através dela, eles conseguem financiamento com tarifas reduzidas como uma forma de apoiar financeiramente seus negócios.
Necessidade de recorte de gênero
Em junho deste ano, uma pesquisa divulgada pelo Sebrae com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que mais de 10 milhões de mulheres no Brasil são donas do próprio negócio, e a maioria delas começou a empreender por necessidade.
As maiores responsáveis pelo cuidado, as mulheres podem encontrar no trabalho com alimento, uma forma de equilibrar o trabalho doméstico, que inclui gerir a casa e a vida dos filhos, com o empreendedorismo no ramo alimentício.
Além disso, são as empreendedoras mulheres que mais investem em educação, de acordo com pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), que mostrou que mulheres empreendedoras estudam 16% mais que os homens. Com aumento da renda, elas também investem mais na educação dos filhos, o que pode gerar resultados positivos de longo prazo.
Esse recorte se torna fundamental para entendermos as demandas sociais e, a partir de iniciativas, como a do ‘iFood Acredita’, desenvolver soluções que possam alavancar seus negócios e melhorar a renda delas e, consequentemente, a de todos os empreendedores.