Já pensou vivenciar uma técnica terapêutica afrocentrada direcionada para o tratamento de estresse e traumas raciais? Essa é a premissa desenvolvida pela empresária Gaby Oliveira, terapeuta criadora da Constelação AfroSistêmica. O método, atua no tratamento aplicado ao contexto e realidade existencial das subjetividades negras. Dentre objetivos, a técnica visa ajudar pessoas negras a encontrarem a raiz de seus medos, da ansiedade e do estresse.
Especialista em trauma racial, Gaby possui ancestralidade Bantu-Congo. Embora tenha nascido em São Paulo, ela atualmente reside nos Estados Unidos. Além de se dedicar à pesquisa, Gaby diz que, através da Constelação AfroSistêmica, ela se propõe a auxiliar pessoas negras a assumirem o protagonismo de suas próprias histórias e a navegarem pela vida com mais leveza, a fim de alcançarem seus sonhos.
Essa prática terapêutica é fundamentada nos princípios da Medicina Tradicional Africana, especialmente na cultura Zulu. A abordagem envolve rituais de cura que evocam a presença dos ancestrais por meio da Bhula, um tipo de oráculo africano que utiliza jogos de ossos ou pedras para consultar os ancestrais. “Historicamente o continente africano foi apagado do cenário de inovações, porém a África detém tecnologias milenares em todos os campos da ciência, os quais, curiosamente, serviram de base para muitas das teorias ideológicas”, defende Oliveira.
Gaby Oliveira é Idealizadora do método afrocentrado Constelação Afrosistêmica©. Assistente Social. Mestre em Psicologia da Saúde (UMESP-SP) e Master em Trauma Racial e Estresse Pós-traumático baseado em raça (Association of Social Work Boards – USA).
O programa é uma espécie de mentoria online e para ter acesso, é preciso agendar uma consulta exclusiva (CLIQUE AQUI). De acordo com o site oficial, a técnica une conteúdo exclusivo de letramento racial e emocional com sessões individuais, para desenvolver habilidades com confiança e empoderamento racial.
Em entrevista ao MUNDO NEGRO, Gaby diz que o grande diferencial da Constelação AfroSistêmica é que a técnica prioriza a saúde mental de pessoas negras, inserindo-se em um movimento ético e politico, ao defender terapias inclusivas e racialmente informadas. “A técnica pode pode ser entendida, também, como um quilombo terapêutico. Espaço seguro de afeto e cuidado que reconhece e valida a dinâmica de violências e opressões na intersecção raça, classe e gênero“, conta Gaby.
“Minha jornada de afirmação racial foi marcada por muitos conflitos e desafios. A virada de chave veio quanto eu fortaleci a minha identidade racial e adotei práticas proativas de saúde mental“, revela Gaby, ao destacar sua motivação na criação da Constelação Afrosistêmica. “Desta processo eu criei um método eficaz que transformou a minha vida e a vida de centenas de mulheres negras ao redor do mundo. Nós não vamos acabar com o racismo, mas precisamos nos manter saudáveis emocionalmente, para fluir todo o nosso potencial e talento.
Gaby defende ainda que a ideia é utilizar a Constelação AfroSistêmica para aproveitar ao máximo os potencias dos indivíduos negros. “A virada de chave veio quanto eu fortaleci a minha identidade racial e adotei práticas proativas de saúde mental. Desta processo eu criei um método eficaz que transformou a minha vida e a vida de centenas de mulheres negras ao redor do mundo“, diz a terapeuta. “Nós não vamos acabar com o racismo, mas precisamos nos manter saudáveis emocionalmente, para fluir todo o nosso potencial e talento”.