Carga mental: 55% das mães assumem sozinhas as decisões do lar mesmo com parceiros

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Carga mental: 55% das mães assumem sozinhas as decisões do lar mesmo com parceiros
Foto: Reprodução/Freepik

A maternidade é frequentemente marcada por uma sobrecarga mental que afeta o bem-estar das mulheres. Segundo a pesquisa realizada pelo portal Universa, 53% das mães entrevistadas se consideram as principais tomadoras de decisões no lar, evidenciando a carga desproporcional que as mães carregam no cuidado dos filhos e na gestão da casa, mesmo tendo um companheiro fisicamente presente.

A carga mental envolve a necessidade de estar atenta a todos os detalhes da vida familiar, como organizar compromissos, cuidar das finanças e gerenciar as necessidades dos filhos. Mesmo em lares onde há uma figura paterna presente, 55,84% das mães casadas e 41,32% das mães em união estável relatam ser as responsáveis por decisões cruciais, desde as compras até a escolha de produtos para a casa.

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Essa realidade reflete uma dinâmica cultural que coloca a responsabilidade do cuidado infantil e da casa, majoritariamente, nas mulheres. Ainda que exista uma crescente conscientização sobre a importância do papel dos pais, a pesquisa mostra que muitas mães ainda dependem de uma rede de apoio composta principalmente por outras mulheres, como as avós. Cerca de 30% das entrevistadas mencionam contar com a ajuda de suas mães para criar seus filhos, revelando como o trabalho de cuidado é perpetuado entre gerações de mulheres.

E entre as justificativas que podem ser identificadas para que mulheres sejam essa rede está também a identificação. Avós, tias, primas, mães reconhecem as dificuldades do trabalho de cuidado uma da outra e se colocam à disposição para integrar redes de apoio mais ativas, formando um ciclo de mulheres sobrecarregadas.

Isso torna ainda mais urgente a construção de uma rede de apoio que inclua homens – pais, tios, amigos – para aliviar essa sobrecarga. Enquanto a figura paterna ainda desempenha um papel central na criação dos filhos, a ausência de uma participação ativa gera impactos emocionais e psicológicos tanto para a mãe quanto para a criança.

Em última instância, o que essa pesquisa revela é a necessidade de uma mudança estrutural. Não basta contar com a rede de apoio informal; é urgente que a sociedade, empresas e políticas públicas reconheçam e apoiem a maternidade, permitindo que as mães cuidem de si e, por consequência, de suas famílias de forma mais saudável e equilibrada.

A responsabilidade do cuidado precisa ser compartilhada!

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