O Brasil registrou, em 2023, os menores índices de pobreza e extrema pobreza já registrados pela Síntese de Indicadores Sociais, pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) desde 2012. Apesar da queda, a desigualdade racial permanece evidente: enquanto 17,7% dos brancos viviam na pobreza, as taxas entre pardos e pretos foram de 35,5% e 30,8%, respectivamente. A disparidade também se reflete na extrema pobreza, com apenas 2,6% dos brancos vivendo nessa condição, em comparação com 6% dos pardos e 4,7% dos pretos.
Os dados, divulgados nesta quarta-feira (4), mostram que 58,9 milhões de pessoas ainda enfrentavam condições de pobreza, e 9,5 milhões estavam em extrema pobreza. A pesquisa considera como pobres aqueles com rendimentos inferiores a US$ 6,85 por dia (R$ 665 mensais), e como extrema pobreza, os que vivem com menos de US$ 2,15 por dia (R$ 209 mensais), critérios estabelecidos pelo Banco Mundial.
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A proporção de brasileiros na extrema pobreza terminou em 4,4% no ano passado, contra 5,9% em 2022 e 6,6% em 2012. Isso significa que 3,1 milhões de pessoas deixaram essa condição no último ano. Já a pobreza atingiu 27,4% da população, uma redução em relação aos 31,6% de 2022 e aos 34,7% registrados em 2012. Nesse intervalo, 8,7 milhões de brasileiros superaram a linha de pobreza.
Mulheres e jovens também se destacam nos dados levantados. Mulheres apresentam maior incidência de pobreza (28,4%) e extrema pobreza (4,5%) em comparação aos homens (26,3% e 4,3%).
Entre crianças e adolescentes de até 15 anos, 44,8% vivem em condições de pobreza, taxa muito superior à média nacional de 27,4%. Entre jovens de 15 a 29 anos, o índice é de 29,9%. Por outro lado, idosos com mais de 60 anos têm os menores índices de pobreza (11,3%) e extrema pobreza (2%), reflexo do acesso a aposentadorias e pensões vinculadas ao salário mínimo.
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