A 35ª Bienal de São Paulo – intitulada Coreografias do Impossível, que reuniu 80% de obras ancestrais e diaspóricas criadas por artistas negros, indígenas e não-negros no Ibirapuera, atravessa o Atlântico pela primeira vez e chega a Luanda, capital de Angola. O Instituto Guimarães Rosa, ligado ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil, estreou a mostra no dia 19 de setembro, que ficará em cartaz até 8 de dezembro.
Sob curadoria de Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel, a itinerância da Bienal em Luanda reúne oito artistas cujas obras transitam entre vídeo, performance e instalações tridimensionais. Entre os participantes, destaca-se o angolano Januário Jano, que apresenta uma série de fotografias sobre a identidade pós-colonial. Artistas como Aline Motta e Raquel Lima levam performances e audiovisual que exploram questões de raça, memória e gênero, enquanto o português Carlos Bunga exibe uma instalação que propõe reflexões sobre as estruturas sociais e arquitetônicas.
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A presença da Bienal em Luanda marca um momento histórico para a instituição e aprofunda os laços culturais entre Brasil e Angola, que completará 50 anos de independência em 2025, tendo sido o Brasil o primeiro país a reconhecer este fato histórico. Além da exposição, o evento contará com ações educativas, como visitas guiadas e encontros entre curadores e educadores locais
Para Andrea Pinheiro, presidente da Fundação Bienal, “essa parceria é um marco na promoção do diálogo cultural entre os países, com destaque para os artistas da diáspora africana”. A iniciativa, organizada pela Fundação Bienal de São Paulo em parceria com a Embaixada do Brasil em Luanda, é patrocinada pela Brasafrica e Banco BIR.
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