Filha da angolana, Verônica Simão Antônio, a bebê brasileira de 1 ano de 10 meses, levada pelo pai, sem a autorização da mãe e abandonada na selva de Darién, localizada entre a Colômbia e o Panamá, foi trazida para o Brasil na manhã da última terça-feira, 28, depois de passar quase cinco meses sob os cuidados do serviço migratório do Panamá.
A bebê foi resgatada por imigrantes haitianos na floresta em dezembro do ano passado e desde então estava sob custódia do Serviço Nacional de Infância e Família panamenho, em um abrigo nos arredores da Cidade do Panamá. A selva Darién se tornou rota de migração por terra para chegar até os Estados Unidos, motivo pelo qual o Panamá criou um protocolo para casos em que crianças terminam a rota sozinhas.
Notícias Relacionadas
Peça teatral de Torto Arado estreia em São Paulo no Dia da Consciência Negra
Filmes, séries e reality show com protagonismo negro para maratonar no feriado prolongado
O drama de mãe e filha começou quando a menina foi levada pelo pai biológico, um imigrante angolano cujo nome não consta no registro de nascimento da criança, sob o pretexto de um passeio e não voltou mais. De acordo com a Folha de S. Paulo, a menina foi entregue pelo pai a um parente que também fazia a rota com o pretexto de que os alcançaria dali poucas horas, o que não aconteceu. O parente então entregou a bebê para o grupo de haitianos que finalizou a travessia com ela. A suspeita é de que o pai tenha falecido.
Verônica Simão Antônio conseguiu acessar a rede social do ex-companheiro e descobriu conversas sobre como chegar aos EUA, além disso, ele recebeu ajuda de outros imigrantes com quem entrou em contato para falsificar os documentos da bebê e documentos que mostravam que a mãe autorizou que a menina fosse levada.
Finalmente, com a intervenção da Autoridade Central Federal brasileira e a colaboração da Justiça do Panamá, a bebê foi liberada e pôde retornar ao Brasil. No entanto, a viagem de volta não foi fácil. A mãe, Verônica, sem recursos financeiros, enfrentou dificuldades para custear as passagens.
Inicialmente, a família tentou obter ajuda do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, mas diante da demora, uma organização internacional, a Exodus Road, ofereceu-se para custear as passagens, permitindo assim o retorno da bebê ao seu país.
O 8º Distrito Policial, que fica no bairro do Brás, região central de São Paulo, abriu uma investigação por subtração de incapaz, furto a residência e falsificação de documento. O pai biológico da criança teria roubado dinheiro e documentos de Verônica. O homem está sendo procurado pela polícia.
Notícias Recentes
Novembro Negro | Seis podcasts e videocasts apresentados por mulheres negras para acompanhar
De cosméticos a livros: produtos de empreendedores negros para você apoiar nesta Black Friday