Perfomance Negra: Artistas e Coletivos se unem para discutir arte negra e poder público

0
Perfomance Negra: Artistas e Coletivos se unem para discutir arte negra e poder público

Artistas como Lázaro Ramos, Juliana Alves, Aza Njeri, Orlando Caldeiras, Benedita da Silva, Flavia Oliveira, Hilton Cobra entre outros, são alguns dos que estarão presentes no 1° Fórum de Performances Negra, que ocorrerá nos dias 8 e 9 de junho, no Museu de Arte do Rio (MAR). A entrada é gratuita.

A iniciativa começou em outubro de 2018, no Espaço Cultural Terreiro Contemporâneo, quando um grupo de oito artistas negros se reuniram para a estruturação e consolidação do primeiro Fórum Fluminense sobre performatividade negra. Atualmente são mais de 50 coletivos e cerca de 800 profissionais cadastrados no mapeamento e assim surgiu o Primeiro Fórum de Performance Negra do Rio.

Notícias Relacionadas


A inspiração veio a partir do Fórum Nacional de Performance Negra, que surgiu em 2005 como proposta de interlocução entre artistas negros e o poder público. O 1º FEPEN RJ tem o intuito de implementar ações afirmativas em editais e processos artísticos para os segmentos de teatro, dança, circo, performance, contação de histórias e slam.

Para além dessas proposições, também se abre a interlocução com áreas não- performáticas, como o audiovisual, em parceria com a Associação dos Produtores do Audiovisual Negro (APAN) e as artes visuais, entendendo nessas artes um meio indispensável para preservação de memória, divulgação dos trabalhos e promoção da visibilidade da produção do conjunto de artistas negros“, explica a organização.

Importantes profissionais de diversas áreas se colocaram à disposição para pensar e debater questões em torno de critérios, limites e horizontes de possibilidades para se qualificar uma realização performática como negra, levando em consideração aspectos como os meios de produção, estética, integrantes, representatividade e protagonismos qualificados, pontos importantes em torno da categoria “arte negra”.

O tema central é a discussão do papel e da responsabilidade dos profissionais das artes, dos que consomem arte, e, principalmente, dos incentivadores/patrocinadores que disponibilizam financiamento e investimento e dos agentes políticos que estruturam e condicionam a possibilidade de produção da cultura.

Confira a programação completa:

8h às 8h45min – Credenciamento

9h | ABERTURA: Caminhos abertos para respeito e diversidade nas artes: I Fórum Estadual de Performance Negra faz reverência

Babalorixá Adailton Moreira
Iyalorixá Rosana Helena

Pastor Henrique Vieira

Sol MirandaO fórum estadual de performance negra 2019: processos de organização e autodeterminação: A experiência e discussão da construção do Fórum Estadual de Performance Negra 2019 como via de resistência, organização e mobilização. Apresentação dos processos e dos caminhos que nos trouxeram a este Fórum.

Hilton Cobra – Sankofa: reavivando a memória e trajetória do fórum de performance negra: A partir da compreensão do princípio de Sankofa, que remete à circularidade e à necessidade de recuperarmos o passado e aprendermos com a sua experiência-memória, se discutirá sobre a memória e a trajetória do Fórum.

10h | MESA I – Arte negra refletora do mundo: organização e autodeterminação A arte, e em específico a arte negra, possui um papel político-social definidor de novos paradigmas que espelham e refletem a pluralidade dos tempos. Assim, se debaterá o papel da arte negra enquanto agente, cuja centralidade parte de nossos processos de organização e autodeterminação.

Aza Njeri – Organização pela arte: seu papel refletor
Lázaro Ramos – O papel do artista enquanto mudança de paradigma
Jurema Werneck – O artivismo e a cultura afrodiaspórica fomentando novos saberes emancipatórios
Flávia Oliveira – Arte como impulsionadora de riqueza econômica, geração de trabalho e renda.
Murilo Araújo – o público enquanto mantenedor da arte e cultura.

11h 30 | MESA II – Políticas públicas para equidade racial Pensar e pautar políticas públicas para profissionais negros das artes é uma das urgências diante da rigidez dos tempos e das agruras apresentadas pelo cenário político nacional. Assim, se discutirá sobre a existência destas políticas públicas e quais caminhos para acessá-las, apontando reflexões sobre autonomia e emancipação.

Lu Fortunato – Caminhos para equidade racial: lei municipal de cultura
Elisiane Santos – O papel do Ministério Público do Trabalho na inserção de negros nas emissoras de TV
Thais Ferreira – Papel do legislativo e do executivo na legitimação da arte negra
Yuri Costa (Apan) – A Associação dos produtores do audiovisual negro e as políticas para inserção de lideranças negras no audiovisual. Quais os enfrentamentos atuais ?

14h 30 | Mesa III- Aqué: como pensar a rentabilidade das nossas produções Reflexão sobre caminhos de autonomia financeira para pensarmos a rentabilidade das nossas próprias produções artísticas, tanto no nível institucional, quanto na via da autonomia artístico-financeira

Julia Santos– Curadoria e estratégias
Rodrigo França – Ubuntu e aqué
Orlando Caldeira – Ações e visibilidades às produções e aos artistas negros
Eduardo Nascimento – O orçamento e a Secretaria Municipal de Cultura
Dêge Malungo – Torcendo o pescoço da galinha

16h 30 | Mesa IV – Território e Aquilombamento: Da favela para o quilombo, a perifa grita! Discussão sobre as demandas, críticas e movimentações dos diferentes territórios negros aquilombados em seus próprios processos. Mesa para ouvir, refletir e dialogar sobre caminhos de emancipação negra pela arte nas diferentes geografias.

Leandro Santana – BXD: Baixada fala
Vitor Pires – Entre o sal e sol: processos artísticos negros na Região dos Lagos
Reinaldo Santana – Zona Oeste ecoando sua voz
Kelson Succi – A favela é!

DIA 9 DE JUNHO

9h | Abertura

Babalowo Ivanir dos Santos
Luiza Loroza O Fórum de Performance Negra reivindica a legitimidade dos agentes pretos contemporâneos na continuidade de uma arte negra diaspórica

9h 30 | Mesa V – Corpo-palavra : Os Desafios do Teatro Negro brasileiro nas atuais conjunturas. Discussão sobre o teatro negro e contação de estórias a partir da nossa própria centralidade. Quais caminhos da dramaturgia negra contemporânea? Dramaturgia, contação de estória e griotagem, trilhas de educação, conscientização e organização.

Sidney Santiago (mediação) Os Desafios do Teatro Negro brasileiro e com as atuais conjunturas.

Grace Passô – Palavra, corpo, gesto: materialização do universo
Adriana Rolin – Processo mitológico na construção dramatúrgica: mito de Obá
Fábio Batista – Dança, estética e política: o corpo negro em cena

11h | Mesa VI – Da contação ao circo: o corpo em cena O corpo negro em cena como agente pulsante de movimentações e consciências. Discussão sobre esse corpo enegrecido e político, centro mobilizador na na Contação de estórias e nas Artes Circenses.

Leop Duarte – A inadequação do corpo negro nas artes do movimento
João Artigos – Onde está o palhaço negro?
Nathália Grilo – Ayó Encontro Negro: a contação de estória como via de emancipação

13h | Mesa VII – Audiovisual – Performatividades & Memória. Discussão sobre os caminhos do audiovisual e da performatividade para pensar nossas narrativas e processos de emancipação. Como essas duas poderosas artes podem contribuir para a nossa autonomia?

Yasmin Thayná (mediação) – O cinema e a performatividade negra como agentes de mudança
Bruno F. Duarte – Autobiografia, bixas pretas
Janaína Oliveira – A trajetória do Cinema Negro no Brasil : artivismo no audiovisual
Filó – Preservação da memória negra: a experiência do Cultne
Elísio Lopes Jr. – escritos de narrativas negras
Ad Junior – Um olhar sobre a arte como protesto audiovisual

15h | Mesa VIII – Pluriversalidades nas artes Lançando um olhar macro sobre as artes negras, se discutirá o papel dos agentes determinantes para o sucesso, em suas falas transversais, traçando o caminho da resistência e da permanência das produções e dos profissionais em suas diferentes áreas das artes.

Danielle Anatólio – Performances de mulheres negras
Juliana Alves – Atriz negra e o audiovisual
Jade Zimbra – A mulher trans e a artista: onde se encontram ?
Spartakus Alves – olhares para o artivismo negro

16h 30 | Solenidade de Encerramento – Nas encruzilhadas das artes: Encerramento do I Fórum Estadual de Performance Negra

Notícias Recentes

Participe de nosso grupo no Telegram

Receba notícias quentinhas do site pelo nosso Telegram, clique no
botão abaixo para acessar as novidades.

Comments

No posts to display