A ginasta norte-americana Jordan Chiles quebrou o silêncio sobre a rejeição de um recurso que retirou sua medalha de bronze, conquistada nas Olimpíadas de Paris 2024. Chiles classificou a decisão como “injusta” e afirmou ter sido alvo de “ataques racistas” nas redes sociais.
“Ao comemorar minhas conquistas olímpicas, ouvi a notícia devastadora de que minha medalha de bronze havia sido retirada. Confiei no recurso imposto pela USAG, que deu provas conclusivas de que minha pontuação seguiu todas as regras. Este apelo não teve êxito”, publicou a ginasta, classificando como injusta a decisão da Justiça. “Eu não tenho palavras. Esta decisão parece injusta e é um golpe significativo, não apenas para mim, mas para todos que defenderam minha jornada”.
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A norte-americana falou ainda que passou a receber ataques racistas nas redes sociais. “Para aumentar a tristeza, os ataques espontâneos de motivação racial nas redes sociais são errados e extremamente prejudiciais. Dediquei todo o meu coração e alma a este esporte e tenho muito orgulho em representar a minha cultura e o meu país“, declarou a atleta. Ela disse ainda que se orgulha de torcer por todos, apesar das circunstâncias. “Nunca vacilarei nos meus valores de competir com integridade, lutar pela excelência, defender os valores do espírito esportivo e as regras que ditam a justiça. Tenho orgulho de torcer por todos, independentemente do time ou país. Encontrar a alegria novamente foi uma mudança cultural e adoro ver outras pessoas abraçando isso”.
Jordan Chiles finalizou que esse é um dos momentos mais desafiadores em sua carreira. “Sinto que dei permissão a todos para serem autênticos com quem são. Agora estou diante de um dos momentos mais desafiadores da minha carreira. Acredite em mim quando digo que tive muitos. Abordarei este desafio como fiz com outros. Farei todos os esforços para garantir que a justiça seja feita. Acredito que no final desta jornada, as pessoas que estão no controle farão a coisa certa”, finalizou.
Entenda o caso
Após a audiência realizada pelo CAS no sábado (11), a qual ouviu as partes envolvidas, o órgão considerou irregular o acréscimo de 0.100 dado à nota de Jordan Chiles depois de um recurso pedido pela delegação da Romênia.
A Federação de Ginástica dos Estados Unidos recorreu ao Tribunal Arbitral do Esporte, apresentando novas evidências de que a treinadora Cecile Landi solicitou a revisão da apresentação solo de Jordan Chiles apenas 47 segundos após a divulgação do resultado, dentro do prazo de 1 minuto estipulado pela Federação Internacional de Ginástica.
Inicialmente, os juízes aceitaram o recurso, aumentando a pontuação de Chiles em 0,1, o que garantiu à atleta americana a medalha de bronze. No entanto, a Federação Romena de Ginástica solicitou uma reavaliação do procedimento, levando o Tribunal a determinar que o apelo de Landi foi oficialmente registrado após 1 minuto e 4 segundos.
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