A ativista, escritora e professora Angela Davis, está no Brasil. Ela está em Salvador, Bahia, para participar do XVIII Congresso Internacional da Associação Brasileira de Literatura Comparada (Abralic), na Universidade Federal da Bahia, e lançar seu livro “Abolicionismo. Feminismo. Já”, pela Companhia de Letras.
A ativista e professora da Universidade da Califórnia está acompanhada da sua colega de universidade e uma das três co-autoras do livro, Gina Dent. As pesquisadoras Erica R. Meiners e Beth E. Richie, professoras universitárias do estado de Illinois, também participaram do livro que aborda temas como feminismo e abolicionismo. Para as autoras, o sistema de Justiça que vivemos no Brasil e nos EUA é punitivo e tendencioso, julgando principalmente pela raça, gênero e sexualidade.
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As duas pesquisadoras vão participar de uma mesa do congresso amanhã às 10h30, para falar sobre o tema do livro junto com a professora da UFBA, Denise Carrascosa, que escreveu o prefácio. As inscrições já estão esgotadas e a transmissão ao vivo acontece na TV UFBA, no Youtube.
XVIII Congresso Internacional da Abralic acontece entre os dias 10 e 14 de julho no auditório da Faculdade de Direito da UFBA. Além de Davis e Dent, Conceição Evaristo e Anielle Franco também participam do evento.
Já no domingo (09), em uma coletiva de imprensa, Davis e Dent falaram um pouco sobre o livro, que tem como um dos pontos principais a crítica ao sistema de encarceramento e aponta alternativas. “O livro inclui várias formas alternativas de justiça transformadora, que podemos chamar de justiça restauradora. Assim, podemos alcançar justiça sem investir num sistema que causou tanta dor. A solução não pode ser algo que cause mais danos à pessoa que causou danos”, comentou Dent.
“O feminismo abolicionista está sempre olhando para uma época em que a justiça não precise ser vingativa, em que a justiça promova harmonia e saúde. Mas estamos convivendo com a justiça vingativa em todos os sistemas do mundo”, complementou Angela Davis.
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