Inteligência é um conjunto que forma todas as características intelectuais de uma pessoa, ou seja, a faculdade de aprender, conhecer, articular, raciocinar, pensar, se comunicar e interpretar ideias e ações de forma lógica e compreensível.
O que é inteligência emocional?
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É tudo isso acima descrito e mais a habilidade de canalizar e, sobretudo, controlar emoções em situações ocasionais, bem como saber externar e gerenciar conscientemente reações emotivas diversas. Uma pessoa que faz uso razoável de sua inteligência emocional torna-se capaz de administrar e tornar vantajosos atributos ou contextos emotivos em cenários que demandem reações táticas e estratégicas variadas, com vistas ao alcance de um objetivo específico.
A inteligência emocional pode ser desmembrada em cinco outras habilidades específicas:
Autoconhecimento (apropriação emocional de seu passado, gestão da informação em um tempo presente e o exercício de cenários futuros para eventos relevantes)
Controle (autonomia e soberania emocional sobre o seu tempo e sobre o seu espaço)
Automotivação (sustentabilidade de desafios emocionais tangíveis e impactantes)
Empatia (mapeamento e compreensão de contextos emotivos externos)
Relacionamentos interpessoais (intercâmbio de valores emotivos diversos)
A administração das emoções e dos sentimentos, com o intuito de se conseguir atingir algum objetivo, atualmente, pode ser considerada com um dos principais pilares para o sucesso pessoal e social de qualquer pessoa.
Uma pessoa que obtém êxito em se concentrar no trabalho e finalizar todas as suas tarefas e obrigações, mesmo se sentido triste, ansiosa ou aborrecida é tida como protagonista de sua inteligência emocional.
A inteligência emocional é válida como instrumento de empoderamento de pessoas pretas?
Sim, pois se trata de um apontamento que tem por propósito empoderar pessoas pretas na exaltação, preservação e divulgação de sua herança cultural, seu patrimônio histórico e seu legado espiritual, além de enaltecer a contribuição e a importância de seu eixo comunitário de origem no processo civilizatório de seu bairro, sua cidade, de seu estado e de seu país.
A inteligência emocional para uma pessoa preta pode ainda ajudar a prevenir ou fazer face às situações de racismo, desigualdade, segregação, discriminação e privilégios baseados em conceitos falaciosos e meramente hegemônicos. Esta educação emocional para as pessoas pretas ganha ainda mais importância com o aumento progressivo da complexidade das interações sociais contemporâneas, dos movimentos societários diversos e das mudanças demográficas, econômicas e políticas verificadas no Brasil e no mundo, em tempos recentes.
Inteligência Emocional e Educação Afro para as Populações da Diáspora Africana, “dá samba”?
Positivo, na medida em que a inteligência emocional para pessoas pretas pode ser entendida, sobretudo, como um conjunto de recursos emotivos construtivos, os quais auxiliem as pessoas pretas a interagirem propositivamente com a nossa herança histórica, com a gestão do nosso patrimônio cultural e com a aplicação altruísta do nosso legado espiritual, como forma e plataforma para uma cidadania de primeira classe, dentro das prerrogativas legais e legítimas previstas na Constituição de 1988, seja a curto, médio ou longo prazo.
Alguns exemplos possíveis podem ser elencados como indicadores da aplicação da inteligência emocional preta em qualquer ambiente do convívio em sociedade vivido por pessoas pretas: autoestima preta, orgulho preto, amor próprio preto, autoconfiança preta, autorespeito preto, fraternidade preta, entre outros…
O fomento do conceito de pessoas pretas emocionalmente inteligentes pode catalisar a cultura, a autonomia e a autoridade de se preservar e delegar toda a riqueza e importância de nossa dignidade humana, da nossa herança cultural, do nosso legado histórico e do nosso avanço como povo consciente e organizado.
Vamos em frente!