Dividindo a vida entre freelas, bicos e trabalhos extras no geral, os creators e influenciadores negros criam seus conteúdos com muita qualidade e sem deixar transparecer o que acontece por trás das câmeras ou dos textos.
Desenvolvem trabalhos extremamente relevantes para a sociedade, educam de diversas formas e não são valorizados ou recebem por isso.
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Diferente do que muita gente pensa, a vida da pessoa negra ou periférica que cria conteúdo, não é nada glamurosa.
Ela é difícil, exaustiva e muitas vezes humilhante, enquanto os criadores de pele branca conseguem com muito mais facilidade viver disso, transitar nos espaços e fechar grandes projetos com marcas, com altas cifras envolvidas.
São perfis com 10, 30 mil, 600 mil ou 1 milhão de seguidores. Nada disso importa quando se tem a pele negra. Você vai continuar precisando de trabalho extra pra compor a renda, porque vai ganhar menos do que os criadores brancos, mesmo tendo muitas vezes conteúdo mais qualificado e relevante.
Essa desvalorização acontece inspirada no racismo institucional, que é perpetuado na sociedade brasileira, sobretudo no mercado publicitário, que a passos lentos trabalha a tema de inclusão racial e diversidade.
Essa é a realidade nua e crua do influenciador digital negro no Brasil – país com maior população negra fora de Africa no mundo e que consome quase 2 trilhões de reais por ano.
Quando esses perfis começarão a ser devidamente valorizados?
Vamos mudar essa realidade juntes?