
Com direção e atuação de Antonio Pitanga, o filme ‘Malês’, estreia nesta quinta-feira (2) nos cinemas do Brasil. O longa transporta o público para a Salvador de 1835, palco da Revolta dos Malês, quando africanos muçulmanos organizaram o maior levante contra a escravidão no Brasil.
De acordo com a sinopse, a produção apresenta as difíceis condições de vida de homens e mulheres negros no século XIX. A revolta, que aconteceu no final do Ramadã, reuniu africanos escravizados e libertos em um levante histórico que, apesar da repressão violenta, permanece como símbolo da luta pela liberdade e pela dignidade da população negra.
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A narrativa começa no Reino de Oyó, em 1830, quando Dassalu (Rocco Pitanga) e Abayome (Samira Carvalho) têm o casamento interrompido por uma invasão. Capturados e separados, os dois são levados ao Brasil pelo tráfico atlântico. Em Salvador, Dassalu é vendido para a cruel fazendeira Mamãe A (Patrícia Pillar) e encontra no líder Ahuna (Rodrigo de Odé) forças para resistir e tentar reencontrar sua noiva.
Antonio Pitanga interpreta Pacífico Licutan, liderança real do movimento que reforçava a união de diferentes tribos e religiões contra a escravidão. Outros personagens históricos também estão presentes, como Sabina (Camila Pitanga), Manoel Calafate (Bukassa Kabengele), Vitório Sule (Heraldo de Deus) e Luís Sanim (Thiago Justino). O elenco traz ainda Wilson Rabelo, Edvana Carvalho e Indira Nascimento em papéis que revelam diferentes visões da resistência e da vida negra naquele período.
“Mostrar a crueldade e a violência da maneira que esses negros foram tratados é necessário. Não era uma violência gratuita, era parte do contexto e da narrativa que “Malês” está contando. A gente teve que ter cuidado, eu e a roteirista Manuela Dias, para mostrarmos a real situação dos anos do século XIX. São cenas necessárias de serem mostradas, não como um veículo de venda, de aproveitamento, de promoção. O filme é exatamente uma proposta narrativa de você descortinar e dar luz à escuridão, e revelar a realidade vivida no século XIX”, afirmou Antonio Pitanga.
Filmado em Salvador, Cachoeira (BA) e Maricá (RJ), o longa tem produção de Flávio Ramos Tambellini, fotografia de Pedro Farkas e produção associada de Cacá Diegues e Lázaro Ramos. A realização é da Tambellini Filmes, em parceria com Obá Cacauê Produções, Gangazumba Produções, RioFilme e Globo Filmes.
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