
No dia 13 de agosto de 2025, Preto Zezé, Cléo Santana e Marcus Vinícius Athayde lançam oficialmente o Instituto Central, um instituto de pesquisa inédito no Brasil que chega com um modelo cooperativo, presença nacional e foco na escuta qualificada das favelas e comunidades populares. Essa iniciativa faz parte do ecossistema Favela Holding, grupo com mais de 30 empresas presidido por Thales Athayde e Leo Ribeiro. O instituto ainda conta com o apoio social da CUFA (Central Única das Favelas) e parceria da Data Goal, que oferece a tecnologia para a realização da primeira grande pesquisa.
O Instituto Central nasce com o propósito de criar uma rede nacional de inteligência social, reunindo pesquisadores-cooperados em todo o Brasil. Sua estreia acontece com uma megapesquisa, que vai ouvir mais de 10 mil pessoas em conflito com a lei — especialmente operadores do tráfico — em 24 dos 27 estados brasileiros, durante 22 dias. Diferente do que se pode imaginar, o estudo não vai focar em crimes ou violência, mas em aspectos humanos como família, formação, hábitos, cotidiano, consumo, sonhos e visão de futuro.
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Pessoas invisibilizadas no centro da história
O objetivo principal da pesquisa é humanizar essa população. Geraldo Tadeu, referência nacional em estudos sociais e coordenador técnico do projeto, explica:
“Queremos entender a fundo a realidade desses grupos, sem fazer apologia ao crime ou emitir julgamentos, mas com uma escuta que valorize família, lazer, religião, escolhas e sonhos.”
Depois, a mesma metodologia será aplicada a policiais, com perguntas iguais, criando uma base comparativa inédita no país.
Cooperação para transformar dados em ação
O Instituto é presidido por Cléo Santana e Marcus Vinícius Athayde, que atuam como copresidentes. A coordenação geral está sob responsabilidade de Bruna Hasclepildes, especialista em pesquisa corporativa, e Geraldo Tadeu, fundador do IBPS. O time ainda conta com Fernando da Silva, ex-diretor do IBGE, e uma ampla rede de coordenadores regionais da CUFA.
Para Cléo Santana:
“O Instituto Central nasceu da urgência de transformar territórios em dados, e dados em mudanças reais. Queremos que as pessoas das favelas sejam sócias do conhecimento, protagonistas e cocriadoras de soluções.”
Marcus Vinícius reforça:
“Atuamos hoje em 70 países com a CUFA e a Favela Holding. Ainda este ano, a ideia é expandir o Instituto para pelo menos 50 países, porque os problemas e soluções se repetem pelo mundo. O Instituto Central é uma ferramenta essencial para pensar e construir respostas junto à sociedade.”
Capacitação como base do projeto
A partir de 20 de julho de 2025, o Instituto começou a capacitar multiplicadores e cooperados em todo o Brasil. No dia 13 de agosto, cada região terá uma aula final presencial. No Rio de Janeiro, o encontro será na CUFA da Penha, com representantes de várias favelas como Rocinha, Alemão, Acari, Vila dos Pinheiros, Serrinha e Penha. Depois dessa aula, todos vão ao campo simultaneamente na Penha e em outras comunidades importantes do país, como Sol Nascente (DF), Heliópolis e Paraisópolis (SP).
Geraldo Tadeu lembra:
“Meu primeiro contato com a CUFA foi em 2007, numa pesquisa em 150 favelas do Rio. Desde então, ficou claro que produzir conhecimento com as periferias — e não só sobre elas — era uma urgência nacional. Agora, com o Instituto Central, pesquisadores das favelas são sócios do conhecimento, com autonomia para criar seus próprios caminhos e gerar dados com escuta e respeito.”
Preto Zezé, cofundador da CUFA, complementa:
“O Ceará perdeu muito por falta de formação em pesquisa nas favelas. Com o Instituto Central espalhado, os parceiros locais são donos do projeto e protagonistas da narrativa. Isso vai muito além do empreendedorismo.”
Serviço
Lançamento do Instituto Central
Data: 13 de agosto de 2025
Horário:
• 09:00 – Café da manhã
• 09:30 – Aula final com coordenadores
• 10:00 – Coletiva de imprensa
• 11:00 – Início oficial da pesquisa de campo
Local: CUFA Penha – Rio de Janeiro
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