
A arquiteta carioca Gisele de Paula foi anunciada como a responsável pelo projeto arquitetônico e expositivo da 36ª Bienal de São Paulo, que acontece entre os dias 6 de setembro a 11 de janeiro de 2026, no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, marcando um feito inédito na história do evento: ela é a primeira mulher negra a assinar a expografia da mostra, após 36 edições da maior exposição de arte contemporânea da América Latina.
Radicada recentemente em São Paulo, Gisele desenvolverá o projeto em parceria com Tiago Guimarães, propondo uma reflexão sobre humanidade, natureza e escuta. A proposta busca reposicionar vozes historicamente silenciadas no circuito das artes. “Guiado pelas embocaduras, zonas de encontro entre águas e mundos, o projeto evoca os saberes ribeirinhos, quilombolas e indígenas, propondo múltiplas formas de navegar no espaço expositivo”, explicou a arquiteta.
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Sua participação na Bienal é destacada como um marco simbólico e político, celebrando a arquitetura pensada por uma mulher negra, brasileira e comprometida com práticas ancestrais e narrativas coletivas. “Como o próprio rio, a expografia flui, fabula e se transforma. Ao invés de impor, conduz e transborda”, afirmou Gisele. No início de 2025, o camaronês, radicado em Berlim, na Alemanha, Bonaventure Soh Bejeng Ndikung foi anunciado como curador geral da 36ª Bienal de São Paulo.
A mostra tem entrada gratuita e reunirá cerca de 120 participantes e é organizada pela Fundação Bienal de São Paulo.
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