Homenageado pela série ‘Tributo’, Tony Tornado fala sobre fama, ditadura e reinvenção na TV: “feliz em saber que contribui tanto”

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Homenageado pela série ‘Tributo’, Tony Tornado fala sobre fama, ditadura e reinvenção na TV: “feliz em saber que contribui tanto”
Foto: Beatriz Damy/ Globo

Aos 94 anos, Tony Tornado é um dos grandes nomes da televisão e da música brasileira. O artista será o homenageado especial da semana no documentário ‘Tributo’, transmitido na sexta-feira (23) pela TV Globo e que celebrará suas contribuições para a cultura brasileira. Em entrevista exclusiva, Tornado alou sobre a emoção de ser homenageado: “Foi uma emoção muito grande. Em muitos momentos, não me senti merecedor de tal homenagem, mas ao ver o resumo dos trabalhos que realizei, fico feliz em saber que contribui tanto – e ainda sigo agregando – para a história da televisão, da música e da nossa cultura como um todo.”, afirma.

O episódio de Tributo dedicado a Tony Tornado resgata sua carreira multifacetada, desde os tempos dos festivais de música nos anos 1970 até sua atuação em novelas, filmes e séries. O documentário inclui depoimentos de personalidades como Lázaro Ramos, Emicida, Juliana Alves e Camila Pitanga. Além da homenagem na sexta-feira, o ator poderá ser visto no episódio da terceira temporada da série Encantado’s, exibida após Vale Tudo.

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Entre os momentos marcantes do documentário, Tony citou a participação do filho, Lincoln Tornado, e do Trio Ternura, além do reencontro com Lázaro Ramos, que recriou o icônico Baile do Tornado“Lazinho é um irmão querido. Somos amigos há muitos anos – e foi só diversão. Feliz de ter sido com ele! O baile me fez viajar no tempo”, contou o ator, que começou na TV Tupi e ingressou na Globo em 1976, ele participou de produções marcantes como Roque Santeiro (1985), Agosto (1993) e Encantado’s (2022-2025), no cinema, atuou em produções como Pixote (1980) e Quilombo (1984).

O artista destacou o significado especial dessa homenagem: “Primeiro, pela iniciativa partir da empresa em que trabalho há quase 50 anos, pela qual tenho tanto carinho e afeto. Depois, por ter a oportunidade de ver antigos colegas e amigos, juntos com uma nova geração, buscando mergulhar na minha história. Foi tudo muito incrível!”.

Um homem combativo

Quando tinha apenas 12 anos, Tony pegou a estrada pela primeira vez rumo ao sonho de ser paraquedista no Rio. Desde então, seus caminhos foram muitos, sendo o mais especial o que o levou ao Harlem, em Nova York, onde testemunhou a efervescência do movimento negro e um novo estilo musical representado por nomes como James Brown e Chubby Checker. O período foi fundamental para a sua formação como artista. Tony também conta sua história inusitada com Janis Joplin e sobre a época da ditadura militar, que lhe obrigou a deixar o Brasil, cada vez mais incomodada com o combativo Tony Tornado.

Sobre seu legado, o ator diz: “Como um artista que sempre buscou dar o seu melhor, independente do personagem, da fala – ou da ausência dela –, e da fama. Com a música, sempre quis falar algo e usar a arte para tocar as pessoas”. Para o ator, escolher um trabalho favorito na televisão é “muito difícil”: “mas o Gregório Fortunato, da minissérie ‘Agosto’ (1993), foi um dos mais desafiadores da minha carreira até agora”, afirma.

“Convido a todos para viajar comigo no tempo”, disse o Tornado, encerrando com sua mensagem característica: “Right on, brother. Right on, sister! Quero aproveitar também para deixar minha mensagem de paz e amor: quando duas mãos se encontram, reflete no chão uma sombra da mesma cor”.

O especial Tributo é um original Globoplay e TV Globo e vai ao ar na sexta-feira (22), depois do Globo Repórter. O programa tem direção de Matheus Malafaia e Marcos Nepomuceno, e produção de Fernanda Neves. Encantado’s vai ao ar às terças e quintas, após Vale Tudo.

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