
A arte contemporânea brasileira ganhou um novo marco em São Paulo. No dia 13 de maio, a LTRL Galeria realizou o 1º Encontro de Pessoas Negras Colecionadoras de Arte, uma iniciativa inédita que reuniu profissionais negras e negros de diversas áreas para discutir pertencimento, acervo e poder. O evento deu origem ao MPNCA, o Movimento de Pessoas Negras Colecionadoras de Arte, criado para fortalecer e visibilizar uma presença negra ainda rara no campo do colecionismo.
Organizado pelos sócios da galeria, Camila Alcântara e Guilherme Marinho, o encontro foi restrito a convidados. A ideia era garantir um ambiente de troca genuína e representativa. “Organizamos esse encontro com a intenção de nos conhecermos, reconhecermos e fortalecermos como pessoas colecionadoras de arte. Ainda é baixo o número de pessoas negras colecionadoras de arte no Brasil, mas acredito que o passo que demos hoje vai ser um incentivo para que pessoas se reconheçam como colecionadoras e outras que iniciem suas coleções”, afirma Guilherme Marinho.
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Camila reforça que a escolha da data do evento, 13 de maio, tem peso simbólico. “Um encontro como esse, onde pessoas negras se reúnem para falar sobre arte e colecionismo, acontecer nessa data é muito simbólico e poderoso. É ter, daqui pra frente, nossa história contada por nós mesmos, é traçar um novo caminho, se apropriar da narrativa, e ter a narrativa é ter poder”, afirmou.
Durante o encontro, os participantes compartilharam vivências sobre como construíram suas coleções, os desafios de acesso e a importância do colecionismo como ato político. A LTRL já planeja novos encontros ainda este ano, sempre com o foco em expandir a rede de pessoas negras colecionadoras. A proposta é que o 13 de maio passe a ser, de forma permanente, uma data para reunir, escutar e afirmar a presença negra como agente ativo no futuro da arte brasileira.
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