
Halle Berry, a eterna Jinx de 007 – Um Novo Dia para Morrer (2002), foi o grande nome da coletiva do júri do Festival de Cannes nesta terça-feira, 13 de maio. Quase duas décadas após sua última participação no evento, a atriz voltou a Cannes em grande estilo, dividindo espaço com a presidente do júri, Juliette Binoche, e sendo questionada sobre sua trajetória e visões sobre o cinema atual.
Ao ser lembrada de que sua personagem quase ganhou um filme solo, uma ideia que acabou sendo descartada pelos produtores da franquia James Bond, Berry falou com franqueza. A conversa evoluiu para uma pergunta recorrente na internet: será que já não é hora de 007 ser uma mulher?
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Ela respondeu.
“Em 2025, é bonito dizer que 007 deveria ser uma mulher, mas não sei se esse é o caminho certo. E não, duvido que isso vá acontecer. Teve um momento em que isso poderia, e provavelmente deveria, ter acontecido. Teríamos adorado. Mas acho que esse tempo passou.”
Mesmo sem defender diretamente a mudança, Berry expôs a frustração com as oportunidades perdidas e a resistência da indústria. Como mulher preta que já fez parte desse universo, sua opinião carrega peso e experiência.
Um jornalista perguntou se ela se sentia preparada para avaliar os filmes da Competição de Cannes. Uma pergunta raramente feita a artistas brancos. Berry respondeu com firmeza.
“Estar nessa indústria por mais de 30 anos já me dá uma perspectiva. Ninguém aqui é dono da verdade. Viemos de culturas e famílias diferentes.”
Ela também deixou claro para onde seu coração aponta quando o assunto é cinema.
“Pessoalmente, gosto de ver cada vez mais mulheres, e mulheres pretas, contando suas histórias.”
A presença de Halle Berry em Cannes não foi apenas uma celebração da sua carreira. Foi também um lembrete do poder da representatividade e da urgência em abrir espaço para novas narrativas.
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