
A humorista Juliana Oliveira será ouvida pela Polícia Civil de Osasco na próxima quarta-feira (23) como parte do inquérito que apura a denúncia de estupro que ela fez contra o apresentador Otávio Mesquita. O caso remonta a 2016, durante a gravação do programa The Noite, comandado por Danilo Gentili no SBT, onde Juliana trabalhava como assistente de palco e produtora até o ano passado. Mesquita nega as acusações.
De acordo com a colunista Mônica Bérgamo, na semana passada, o 7º Distrito Policial de Osasco, na Grande São Paulo, acatou pedido do Ministério Público para investigar a denúncia. Segundo a representação, imagens e transcrições do programa mostrariam que Mesquita tocou os seios e as partes íntimas de Juliana, mesmo com ela tentando se esquivar e demonstrando desconforto. O advogado Dr. Hédio Silva Jr., que defende a humorista, afirma que a legislação penal “considera que a prática de atos libidinosos mediante violência configura estupro, ainda que não haja penetração”.
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Em resposta à reportagem, Mesquita disse que se tratava de uma “brincadeira” combinada informalmente antes da gravação. Ele argumenta que, caso Juliana não tivesse consentido, poderia ter pedido ao SBT para cortar a cena.
O apresentador também afirmou que sua ex-mulher e filho estavam na plateia no dia e que “não houve estupro”. Ele move um processo contra Juliana por danos morais, pedindo R$ 50 mil de indenização.
De acordo com a denúncia, o episódio teria ocorrido nos primeiros minutos do programa, quando Mesquita, convidado do quadro, entrou no palco pendurado de cabeça para baixo, ao som da música-tema do Batman. Ao ser auxiliado por Juliana para retirar os equipamentos de segurança, ele teria tocado seus seios e genitália. Em seguida, ao se virar, a prendeu com as pernas e simulou ato sexual.
O SBT não se manifestou sobre o caso. A polícia aguarda o depoimento de Juliana para dar continuidade às investigações.
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