
A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil afirmou, em nota enviada à imprensa na última quarta-feira (15), que a política do país é reconhecer apenas dois sexos — “masculino e feminino” —, considerados “imutáveis desde o nascimento”. A declaração foi emitida após a deputada Erika Hilton (PSOL-SP) denunciar que teve seu gênero registrado como “masculino” em um visto diplomático, apesar de seus documentos brasileiros a identificarem como mulher.
“De acordo com a Ordem Executiva 14168, é política dos EUA reconhecer dois sexos, masculino e feminino, considerados imutáveis desde o nascimento”, disse a embaixada, sem comentar diretamente o caso da parlamentar. O órgão também afirmou que, por lei americana, os registros de visto são confidenciais.
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A resposta dos EUA ocorre após Hilton denunciar que seu novo visto, emitido para uma viagem a eventos acadêmicos em Harvard e no MIT, ignorou sua identidade de gênero. A deputada afirmou que, em 2023, um visto anterior havia sido emitido corretamente com a marcação “feminino”. A deputada, primeira mulher trans eleita para o Congresso, anunciou que acionará o governo americano na ONU e na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). O PSOL também pressiona o Itamaraty a se manifestar.
Procurado, o Ministério das Relações Exteriores não se pronunciou até a publicação desta reportagem.
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