
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) arquivou as acusações contra o jornalista Igor Melo de Carvalho e o mototaxista Thiago Marques Gonçalves, que haviam sido indiciados por roubo de celular. Igor foi baleado por Carlos Alberto de Jesus, um policial militar reformado, após a esposa do PM, Josilene da Silva Souza, acusar sem provas que o universitário era um assaltante. A decisão judicial também determinou a devolução da motocicleta apreendida ao proprietário.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) já havia solicitado o arquivamento do caso, ocorrido na madrugada de 24 de fevereiro na Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Na ocasião, a vítima do roubo relatou ter sido abordada por dois homens armados em uma motocicleta, que levaram seu celular. O companheiro da vítima, um policial reformado, perseguiu e atirou em Igor, que foi preso junto com Thiago.
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Imagens de câmeras de segurança, registros eletrônicos e mensagens de celular comprovaram que Igor havia acabado de sair do trabalho e que Thiago fazia uma corrida por aplicativo no momento do crime.
O pedido de arquivamento feito pelo MPRJ e aceito pela Justiça foi embasado na ausência de justa causa, com base em provas que atestaram a inocência dos dois.
Em entrevista para o Fantástico no último domingo (09), o Igor Melo desabafou sobre a perseguição sofrida por ele e pelo motociclista, e lembrou o momento em que foi baleado. “Qual crime eu cometi? Crime de trabalhar? O crime de ser preto? O crime de estar em cima de uma moto de madrugada? Eu não entendi o porquê. Não entendi”, questionou.
Igor, que está em recuperação em casa após ser baleado, segue em tratamento psiquiátrico para lidar com o trauma do episódio. Apesar dos desafios, ele se mantém otimista e determinado. “Sinto que nasci para ser jornalista. Eu vou conseguir. Eu sou muito alegre e muito feliz. Agora, meu maior medo é perder essa alegria”, confessou.
Igor, que está em recuperação em casa após ser baleado no dia 23 de fevereiro, segue em tratamento psiquiátrico para lidar com o trauma do episódio. Apesar dos desafios, ele se mantém otimista e determinado.
Para o Fantástico, o motociclista de aplicativo que pilotava a moto na noite em que Igor foi baleado, lembrou que ficou preso por dois dias, acusado de roubo e destacou: “Eu sou pai de duas crianças, trabalhador. Trabalho desde os meus 13 anos”, desabafou Thiago, que perdeu o celular no dia do ocorrido e ficou sem trabalhar desde então.
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