
O Museu da Cultura Hip Hop do Rio Grande do Sul, o primeiro da América Latina, inaugura neste sábado (8) a exposição “Hip Hop das Manas”, que celebra a importância da voz feminina na história do movimento. A mostra reúne 120 itens doados por mulheres gaúchas, destacando a trajetória de MCs, DJs, b-girls, produtoras e artistas visuais do Rio Grande do Sul. A entrada é gratuita e pode ser visitada de terça a sábado, das 9h às 12h e das 14h às 17h.
A exposição chega em um momento crucial para reforçar a narrativa das mulheres no hip hop, um movimento historicamente marcado por um cenário predominantemente masculino e pelo machismo. Aretha Ramos, coordenadora do museu, explica que a iniciativa busca resgatar e valorizar o protagonismo feminino no hip hop. “Nós enfrentamos muitos desafios, como a falta de segurança nos espaços culturais, o combate a estereótipos de gênero e a escassez de financiamento para projetos liderados por mulheres. Mesmo assim, continuamos a escrever nossas histórias, inovando e criando redes de apoio entre nós”, afirma.
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Aretha, que também é idealizadora da Batalha do Mercado e atua na Associação da Cultura Hip Hop de Esteio, destaca que a luta das mulheres no hip hop não é apenas por espaço, mas por respeito e oportunidades equivalentes às dos homens. “Assim como Cindy Campbell foi essencial para o nascimento do movimento, as mulheres do Rio Grande do Sul seguem sendo pilares fundamentais para sua evolução, garantindo que o hip hop continue sendo um espaço inclusivo, democrático e representativo de todas as vozes”, conclui.
A exposição “Hip Hop das Manas” é mais do que uma celebração do passado; é um chamado para o futuro. Ao destacar a contribuição das mulheres, o museu reforça a necessidade de um hip hop mais plural e transformador, onde a presença feminina seja não apenas reconhecida, mas também valorizada como essencial para a continuidade e o fortalecimento do movimento.
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