![Ministério Público recorre ao STJ para reverter absolvição de Marcão do Povo por racismo contra Ludmilla Ministério Público recorre ao STJ para reverter absolvição de Marcão do Povo por racismo contra Ludmilla](https://mundonegro.inf.br/wp-content/uploads/2025/02/Capa-MN-2025-02-06T155113.431-768x384.png)
O Ministério Público do Distrito Federal (MP-DF) entrou com recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tentar reverter a decisão que absolveu o apresentador Marcão do Povo, do SBT, da acusação de racismo contra a cantora Ludmilla. O caso remonta a 2017, quando Marcão, então apresentador da Record, chamou a artista de “pobre macaca” durante um programa de TV. A decisão de absolvição, proferida em dezembro de 2024 por uma ministra do STJ, foi criticada pela defesa de Ludmilla, que anunciou também recorrer da sentença.
O episódio ocorreu em janeiro de 2017, quando Marcão, ao comentar um vídeo de Ludmilla, fez a declaração racista contra a cantora. Na época, ele foi demitido da Record, mas logo contratado pelo SBT, onde atualmente apresenta o programa “Primeiro Impacto”. Em primeira instância, Marcão foi inocentado, mas, em segunda instância, foi condenado a pagar R$ 30 mil de indenização à cantora e a cumprir um ano e quatro meses de prisão em regime aberto. A pena foi posteriormente convertida em restritiva de direitos, como prestação de serviços comunitários.
Notícias Relacionadas
![](https://mundonegro.inf.br/wp-content/uploads/2025/02/Capa-MN-2025-02-06T155113.431-300x150.png)
![](https://mundonegro.inf.br/wp-content/uploads/2024/12/Snapinsta.app_460041934_1257838448713102_7529200734769068622_n_1080-241x300.jpg)
![](https://mundonegro.inf.br/wp-content/uploads/2024/12/Capa-MN-2024-12-12T114753.664-300x150.png)
No recurso ao STJ, a defesa de Marcão argumentou que o vídeo exibido no programa havia sido editado, o que influenciou a decisão da ministra relatora, que considerou não haver provas suficientes para configurar o crime de racismo. A decisão, no entanto, foi repudiada pela defesa de Ludmilla, que classificou o caso como um retrocesso na luta contra o racismo no Brasil.
O MP-DF, ao recorrer, busca que o colegiado do STJ reavalie o caso e reconheça a conduta de Marcão como criminosa. A defesa da cantora também aguarda a análise de seu próprio recurso, que pede a manutenção da condenação por injúria racial. O caso segue em tramitação no STJ, sem data prevista para novo julgamento.
A discussão judicial reacende o debate sobre a aplicação da legislação antirracista no país e a responsabilidade de figuras públicas em casos de discriminação. Enquanto isso, Ludmilla, que se tornou uma das principais vozes no combate ao racismo no meio artístico, aguarda uma decisão final sobre o caso.
Notícias Recentes
![](https://mundonegro.inf.br/wp-content/uploads/2025/02/Copia-de-Copia-de-CAPA-MN-2022-2025-02-06T201331.556-300x169.jpg)
![](https://mundonegro.inf.br/wp-content/uploads/2025/02/Copia-de-Copia-de-CAPA-MN-2022-2025-02-06T184109.542-300x169.jpg)
![](https://mundonegro.inf.br/wp-content/uploads/2025/02/Copia-de-Copia-de-CAPA-MN-2022-2025-02-06T174420.505-300x169.jpg)