No Mês da História Negra nos EUA, artistas negros brilham na 67ª edição do Grammy

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No Mês da História Negra nos EUA, artistas negros brilham na 67ª edição do Grammy
Imagem: Reprodução

A noite do último domingo foi marcante para os artistas negros que participaram da 67ª edição do Grammy. Os espectadores acompanharam a volta polêmica de Ye ao tapete vermelho da premiação ao lado de sua esposa, Bianca Censori, enquanto se maravilhavam com a beleza de Jaden e Willow Smith. A passagem de Milton Nascimento ao lado de Esperanza Spalding pelo tapete vermelho também emocionou o público, especialmente os brasileiros. Além disso, as vitórias de Beyoncé, Chris Brown e Doechii foram históricas para os músicos negros, coincidindo com o início do Mês da História Negra nos Estados Unidos.

O tapete vermelho se transformou em uma atração à parte com a presença do rapper Ye, que, após dez anos, retornou à premiação, desta vez acompanhado de sua atual esposa, Bianca Censori. Ela chegou ao tapete vermelho usando um casaco preto felpudo e surpreendeu ao retirá-lo, revelando um look transparente que expunha completamente seu corpo. Após a aparição, o casal deixou o local. A passagem dos irmãos Willow e Jaden Smith pelo tapete vermelho também foi bastante comentada. Willow usou um smoking sobre um look composto por duas peças: um sutiã e um short curto, ambos brilhantes. Seu cabelo crespo, dividido ao meio e solto, foi um espetáculo à parte, complementando a beleza do visual, além dos grills que usou nos dentes, com cores metálicas e verde. Já Jaden Smith chegou vestindo um terno preto e surpreendeu ao usar na cabeça uma espécie de capacete. A peça em questão era o “Castelo de Vampiros”, criado pela marca ABODI Transilvânia, feito sob medida para o artista e inspirado na história da Transilvânia e nas lendas dos vampiros da família Bathory, segundo informações compartilhadas pela própria marca.

O brasileiro Milton Nascimento marcou mais uma vez sua presença no Grammy ao lado da baixista e cantora Esperanza Spalding. O ícone da música nacional e a estrela do jazz foram indicados na categoria “Melhor Álbum Vocal de Jazz” pelo disco Milton + Esperanza, lançado em agosto de 2024. Apesar da celebração, a cantora lamentou o fato de Milton Nascimento não ter tido um lugar reservado para ele na cerimônia: “Milton foi recusado a um assento nas mesas da cerimônia deste ano. Isso não me desceu bem. (Não estou falando de ganhar um Grammy. Estamos comemorando a gloriosa vitória de @samarajoysings.) Estou falando de um assento físico… aqui, nesta mesa onde estou sentada. Estou chateada porque essa lenda viva não foi considerada importante o suficiente para se sentar entre os figurões, ou seja lá como organizam as mesas no salão principal. Então, tive que trazê-lo comigo”, afirmou, ao levar um cartaz com a foto do músico.

Outra surpresa da noite foi a vitória de Chris Brown na categoria de Melhor Álbum de R&B pelo disco 11:11. O músico conquistou seu segundo prêmio Grammy em 20 anos. Nas redes sociais, Brown celebrou a vitória e agradeceu sua equipe e seus filhos na legenda da publicação.

Doechii emocionou o público ao receber seu primeiro Grammy em 2025, na categoria de “Melhor Álbum de Rap” por Alligator Bites Never Heal. Em seu discurso, ela destacou a importância de ser apenas a terceira mulher a vencer essa categoria desde 1989, ao lado de Lauryn Hill e Cardi B. Entre lágrimas, Doechii agradeceu a Deus, sua mãe, seus fãs e sua cidade natal, Tampa, Flórida, que descreveu como um celeiro de talentos. Ela também enviou uma mensagem inspiradora para mulheres negras, encorajando-as a superar estereótipos e acreditarem em seu potencial. Durante a cerimônia, apresentada por Trevor Noah, Doechii performou as faixas “CATFISH” e “DENIAL IS A RIVER”, consolidando sua presença marcante no hip-hop. Outros indicados na categoria incluíram J. Cole, Common & Pete Rock, Eminem e Future & Metro Boomin.

Beyoncé fez história ao ganhar o prêmio de Álbum do Ano por Cowboy Carter no Grammy, tornando-se a primeira mulher negra a conquistar o título no século XXI e a quarta na história do prêmio, após Lauryn Hill, Natalie Cole e Whitney Houston. A superestrela, já a artista mais premiada e indicada do Grammy, dedicou a vitória a Linda Martell, pioneira na música country. O evento também destacou outros momentos marcantes, como Taylor Swift entregando o prêmio de Melhor Álbum Country a Beyoncé, que reforçou em seu discurso a importância de transcender gêneros musicais. Além disso, Kendrick Lamar levou os prêmios de “Canção e Gravação do Ano” com “Not Like Us”.

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