Texto: Viviane Elias Moreira
A união de forças entre grupos de profissionais pretos tem o poder de transformar realidades, especialmente quando voltada para amplificar vozes. Um dos nossos mestres, Milton Santos, nos referenciou com a seguinte frase: “A força da alienação vem dessa fragilidade dos indivíduos, quando apenas conseguem identificar o que os separa e não o que os une”. E foi justamente a partir desta certeza do poder que temos quando nos unimos que a parceria entre a Conta Black e o Black Swan se consolidou em 2024 com o exemplo inspirador, reunindo esforços para alavancar a presença de profissionais negros no mercado financeiro.
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O evento Black Hour, em sua quarta edição, não é apenas um encontro de profissionais dos mais diversos níveis e áreas do mercado financeiro, mas se tornou um movimento estratégico para criar conexões, compartilhar conhecimento e abrir portas para talentos negros. A estratégia foi construída de forma proposital, via uma programação inspirada em eventos similares do mercado financeiro americano, que inclui masterclasses, painéis com lideranças negras e momentos de networking.
A colaboração entre atores do mercado financeiro — de fintechs a grandes investidores — reforça o papel do networking como motor de transformação. Laiz Barbosa, fundadora do Black Swan, resumiu esta edição como um evento não diferente, mas um evento especial: “Ocupar já não nos é o suficiente, queremos segurar as portas e trazer mais e mais gente conosco para este mercado”. Já Fernanda Ribeiro, CEO da Conta Black reforça a intencionalidade deste evento: “Cansei de ouvir que não se encontra com facilidade profissionais pretos para atuar no mercado financeiro. Só nesta quarta edição, temos mais de 200 pessoas e temos uma base de talentos que é gigante e, posso garantir, que isso é só o começo.”
Mais do que uma iniciativa pontual, o Black Hour também reflete um compromisso contínuo em não apenas promover diálogos transformadores, mas também gerar mudanças reais no mercado financeiro. Outra ação celebrada durante o evento foi o lançamento do Instituto Conta Black, antigo Afrobusiness, que forma profissionais negros para o setor e já nasce com uma estrutura de arrecadação estruturada nos princípios de governança para sustentabilidade e longevidade do modelo de atuação.
Conectar, apoiar e empoderar profissionais negros não é apenas uma questão de justiça social, mas também de estratégia para inovação e crescimento financeiro e os parceiros que fizeram este evento ocorrer sabem e contribuem para a intencionalidade destas ações. O Black hour nesta edição contou com parceiros estratégicos como Jessica Sadin, Selma Moreira, Benevides Chissanga, Talita Caputo, United Airlines, Genial investimentos, Grupo Heineken BR, K2 audiovisual, Hutu casting, Buffet Duas Irmãs,Brookfield Properties Brasil, Tudo o que vejo video e Monica Almeida fotografia
O futuro do mercado financeiro, assim como de outros setores, será tanto mais promissor quanto mais diverso e o Black Hour transformou a união de forças que tinham o mesmo objetivo, mas estavam separadas, em ações diretivas e propositivas, provando de forma concreta de que o progresso coletivo só é alcançado quando existe um propósito maior: construir um futuro com mais oportunidade para todos e que sim, que juntos, somos mais fortes não é só uma frase de efeito, mas um chamado para a evolução coletiva que queremos.
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