Estratégias inclusivas e histórias de superação brilham chamam a atenção do público que participou do evento
A inclusão em diferentes esferas sociais guiou as conversas entre líderes de grandes organizações, influenciadores, jornalistas e o público durante todo o dia 29 de novembro, durante o Fórum Inclusão em Foco, promovido pela Arcos Dorados, operadora da marca McDonald’s na América Latina e Caribe. Em sua terceira edição, a marca promoveu o debate em um evento gratuito e aberto ao público, trazendo sempre uma programação com foco em discutir o valor da diversidade no mercado de trabalho e também amplificar novos caminhos e oportunidades para ampliá-la, quebrando preconceitos e vieses limitantes.
“Especialmente nessa edição, pensamos o conteúdo de uma maneira muito especial, trazendo os painéis para discussões, trazendo talks e palestras para que a gente pudesse ampliar esse conhecimento, provocar discussões e pensamentos sobre como podemos transformar e evoluir o mercado de trabalho para avançar coletivamente na sociedade, para melhorar posições e olhar para o futuro de uma maneira transformadora”, ressalta Mariana Scalzo, Diretora de Comunicação da Arcos Dorados.
Entre os compromissos da marca, está o desejo de impactar positivamente as comunidades onde atua e ser uma parte ativa da solução dos desafios da sociedade. E isso pode ser visto durante todo o evento, ao dar voz para as histórias e partilhar as perspectivas de tantos líderes e gestores de empresas como Mattel, Grupo HEINEKEN e L’Oréal além, é claro, da própria Arcos Dorados. “A realização desse fórum está relacionada a essa estratégia, de compartilhar as nossas práticas com outras empresas, aprender com outras pessoas e também com organizações como contribuir ainda mais para o desenvolvimento de um mundo em que as pessoas possam acessar as oportunidades, possam se desenvolver e gerar resultados juntamente dos negócios”, explica gerente de D&I da Arcos Dorados, Leandro Corrêa.
Participante do painel 1, que abordou a diversidade e inclusão desde a infância, Valeria Gonzalez, Country Manager da Mattel, contou um pouco sobre a preocupação da marca em criar brinquedos que sejam reflexo do mundo de cada criança. “Para a Mattel sabemos a relevância que tem os brinquedos para as crianças e o seu entendimento do mundo. Afinal, o brinquedo não é apenas a brincadeira, mas sim a similaridade com a realidade. Por isso, o desenvolvimento de um produtos envolve sempre muitas pesquisas com pais, sociedade e educadores, por exemplo, para termos a certeza de que o que vamos criar representa o mundo real”, explica Valeria Gonzalez, Country Manager da Mattel. Ela cita ainda o projeto Role Models, ou Mulheres Inspiradoras, lançado em 2018 que traz bonecas que representam mulheres que rompem barreiras no seu dia-a-dia e ajudam as meninas a desafiar estereótipos e desfazer preconceitos que as impedem de atingirem o seu pleno potencial.
Já Vetusa Pereira, Gerente de Diversidade, Equidade e Inclusão do Grupo HEINEKEN, durante sua apresentação no painel que falava sobre a inclusão na prática, mostrou o desafio da marca em criar ações positivas em um mercado predominantemente masculino. “De 2018 para cá, quando nosso portfólio aumentou rapidamente, revisitamos nosso posicionamento em relação a equidade de gênero. E o consumidor pode notar isso nas nossas comunicações e anúncios, pois se queremos chegar em cada coração e copo brasileiro, precisamos respeitar a todos. E internamente, foi também necessário espelhar esse respeito e equidade na nossa estrutura. Assim, em 2021 firmamos um compromisso de transformar, em um prazo de cinco anos, a nossa liderança em 50% feminina. E isso passa por atrair e também desenvolver o mercado de trabalho para as mulheres ”, conta Vetusa.
Quem dividiu a mesa com ela foi Márcia Silveira, Head de Diversidade, Equidade e Inclusão e Advocacy da L’Oréal, que citou como foi a trajetória da marca em um mercado que foi, durante muito tempo, excludente para muitos segmentos da sociedade. “Quando a gente abraça a bandeira da diversidade é um movimento muito forte de olhar e entender que uma empresa como a nossa, no mercado brasileiro há mais de 60 anos, tem que entender a diversidade do país. E nesse sentido a empresa começa a criar políticas de dentro para fora. E o primeiro passo foi ver quem são as pessoas que estão envolvidas na criação dos produtos e se há de fato uma diversidade. Outro caminho foi olhar para os produtos e entender se de fato eles estão sendo inclusivos”, analisa Márcia.
Diretor de Gente, D&I da Arcos Dorados, Fábio Sant’Anna acompanhou o Fórum e, em entrevista com o Mundo Negro, enalteceu a educação como ferramenta para promoção da equidade racial dentro das organizações: “A jornada de diversidade e equidade e inclusão na Arcos Dourados começa com um princípio estratégico. Temos um comitê de diversidade e inclusão que é Latam e Caribe, que foi criado em 2018, revela o executivo. “Falando de equidade racial, que é um dos focos que a gente vem trabalhando especificamente aqui no Brasil, a gente procura se organizar em relação a essa jornada de inclusão de pessoas negras no país, oferecendo acesso a estudo, oportunidades e aproveitando a parceria com o Mover”, detalha.
Influência de peso
Além de trazer o debate para o mundo empresarial, o Fórum convidou influenciadores digitais como forma de entender como o assunto também é tratado nas redes sociais. “A gente precisa entender que existem pessoas pretas produzindo conhecimento sobre diversos assuntos. Inclusive, pessoas pretas que não estão produzindo sobre raça, têm pessoas pretas escrevendo romance, poesia. E a gente precisa ter na nossa estante essa poesia, precisa ter livros que não falam só sobre raça e que falem só sobre crianças brincando. Precisa ir nas escolas onde nossos filhos estudam e cobrar a aplicação da lei 10.639/03”, afirmou Adriana Arcebispo, cofundadora da Família Quilombo que compôs o painel 1, que teve como tema “A diversidade e a inclusão desde a infância”, mediado por Patrícia Salvatori, criadora da Rede Mães Atípicas.
Giovanna Heliodoro, Historiadora, Comunicadora e Pesquisadora, participou do painel que falou sobre comunicação inclusiva e tecnologia e durante sua fala explicou o que chama de ser o seu propósito na internet. “Acredito que seja fazer com que cada um reconheça a sua própria história. E é nesse momento que a tecnologia entra como grande aliado pois, de alguma forma, ela gerou uma democratização da informação. E será nesse espaço das redes sociais que as pessoas, sobretudo os grupos que integram às diversidades, podem criar as suas próprias histórias e narrativas”.
Camila Coutinho, influenciadora e empresária brasileira, também fez parte do painel sobre comunicação inclusiva e tecnologia e faz coro com Giovanna. “Tudo que a gente vive é sobre contar histórias e a internet é uma ferramenta em que podemos experimentar narrativas e conversas diversas. E acredito que esse seja o momento para unirmos as comunidades e entender que movimentos podemos fazer que possam causar impactos positivos”.
Histórias que inspiram transformação
Ao longo do dia, talks com a medalhista paralímpica, Verônica Hipólito, com a comunicadora Priscila Nogueira, conhecida como Pepita, e com o cineasta, Valter Rege, emocionaram o público ao apresentarem jornadas de superação em um mundo cheio de desafios relacionados a gênero e raça. No encerramento, a atriz Rafaela Azevedo trouxe uma leitura do espetáculo ‘King Kong Fran’, que faz uma crítica reflexiva sobre comportamentos que objetificam a mulher.
O evento foi encerrado pela atriz Rafaela Azevedo que falou sobre seu espetáculo ‘King Kong Fran’ e apresentou ao público um olhar crítico sobre comportamentos sociais que objetificam a mulher. Esse é o tipo de evento que serve como ponto de partida para mais e mais conversas e a Arcos Dorados, ao abrir para esse debate, mostra cada vez mais que está comprometida com a criação de ambientes que estimulem o respeito, a participação de todas as pessoas, impulsionando o desenvolvimento a partir das individualidades de cada um, favorecendo a inclusão e a igualdade de oportunidades.