Evento ao ar livre em São Paulo celebra a culinária afrodiaspórica com chefs negros renomados

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Evento ao ar livre em São Paulo celebra a culinária afrodiaspórica com chefs negros renomados
Icaro Rosa (Foto: Gabriel Brawne)

Inspirado na culinária afrodiaspórica, no dia 3 de novembro, das 12h às 18h, será realizado a segunda edição do Menu Cultural, um evento ao ar livre que integra gastronomia e cultura, promovido pelo Itaú Cultural. A programação leva barracas de comida de rua ao Bulevar do Rádio, situado entre o IC e o Sesc Avenida Paulista, em São Paulo. A visitação é gratuita, paga-se somente o consumo.

Paralelamente à feira, às 15h, acontece a roda de conversa Comida afrodiaspórica: representatividade e sabores do presente, mediada pela curadora Patty Durães, no interior do prédio do IC. Participam dela o chef Icaro Rosa, fundador do restaurante Jiló, em Salvador, e o pesquisador José Carmo, que trabalha ao lado da companheira Ieda de Matos no Casa de Ieda, restaurante paulistano especializado na comida da Chapada Diamantina, na Bahia.

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Patty Durães (Foto: Vitoria Leona)

Com curadoria da pesquisadora de culturas alimentares Patty Durães, a essência dessas três primeiras edições do Menu Cultural — a primeira realizada em 20 de outubro e as próximas em 3 de novembro e 1 de dezembro — vem do curso auto formativo Muito além da boca: um passeio transatlântico pela comida afrodiaspórica no Brasil, conduzido por Patty e disponível na Escola Fundação Itaú (www.fundacaoitau.org.br/escola), plataforma de formação gratuita.

Assim, o evento segue os módulos do curso: enquanto a estreia, em outubro, abordou o passado da culinária afrodiaspórica, a edição de novembro aborda o presente e a de dezembro, o futuro. No próximo domingo, encabeçando os pratos salgados, o Menu Cultural recebe no Bulevar do Rádio o Preto Cozinha, restaurante de comida baiana do chef soteropolitano Rodrigo Freire, localizado em Pinheiros. 

Pastel de Queijo do Preto Cozinha (Foto: Laís Acsa)

O cardápio do Preto Cozinha oferece, como entrada, o pastel em duas versões – de arraia e de queijo com verduras. Os pratos principais ficam a cargo do arroz de tomate, que também leva castanha, amendoim e queijo da Serra da Canastra; e do arroz de polvo, com leite de coco, açafrão, ervilha torta e queijo da canastra curado. Para beber, além das opções tradicionais — água com e sem gás, refrigerantes e suco de uva integral —, o Preto Cozinha leva sua bebida assinatura, o Benzedeira, feita com uma mistura de folhas e ervas diversas. 

Desta vez, as opções doces são da Africana, marca da cozinheira ugandesa Jéssica Ebaku. Sua barraca vende delícias como porções de kabalagala, biscoito feito com banana e farinha de mandioca, com recheio de doce de leite ou amendoim, e de mikaté, bolinho frito feito com farinha de milho, gengibre, sal, ovo, leite, açúcar e canela, similar a um bolinho de chuva. 

Jéssica Ebaku (Foto: Divulgação)

Encerra o conjunto de barracas do Menu Cultural a cafeteria Café por Elas, marca produzida e gerenciada por mulheres. O cardápio inclui expresso, cappuccino, iced latte e o Refresco da Cássia, feito com café coado, suco de laranja, xarope de cumaru, gengibre e casca de limão siciliano. Há, também, produtos para levar para casa, como cafés especiais ensacados, canecas e xícaras. 

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