Após mais de seis anos do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, os ex-sargentos da Polícia Militar do Rio de Janeiro Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, foram condenados à prisão pelo 4º Tribunal do Júri do Rio.
Ronnie Lessa, autor dos disparos, recebeu a pena de 78 anos e 9 meses de prisão, enquanto Élcio de Queiroz, que dirigiu o carro no atentado, foi condenado a 59 anos e 8 meses. Ambos também foram condenados a pagar juntos R$ 706 mil em indenização por dano moral para cada uma das vítimas.
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O aguardado júri popular começou na manhã de quarta-feira (30) e foi encerrado na noite desta quinta-feira (31), com a decisão dos jurados. “A Justiça por vezes é lenta, é cega, é burra, é injusta, é errada, é torta, mas ela chega. A Justiça chega para aqueles que como os acusados acham que jamais serão atingidos pela Justiça”, disse a juíza Lúcia Glioche durante a sentença.
No entanto, os réus firmaram acordos de delação premiada, para reduzirem a execução da pena. Eles levaram informações que avançaram nas investigações, especialmente em relação aos mandantes do crime, os irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio. Lessa ficará preso por, no máximo, 18 anos em regime fechado – e mais 2 anos em regime semiaberto. Já o Queiroz ficará preso, no máximo, por 12 anos em regime fechado.
Os prazos começaram a contar a partir da data em que foram presos, no dia 12 de março de 2019. Sendo assim, já foram descontados 5 anos e 7 meses das penas de cada um. Caso seja comprovado que houve alguma mentira na delação premiada, a acordo de cada réu pode ser anulado.
Os ex-sargentos prestaram depoimentos e assistiram ao julgamento por videoconferência da cadeia onde estão presos. Ronnie está no Complexo Penitenciário de Tremembé, em São Paulo, e Élcio no Complexo da Papuda, presídio federal em Brasília.
Com informações do g1
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