O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (25) a pesquisa sobre Composição Familiar no Brasil, parte do Censo Demográfico 2022, que revela uma mudança inédita na estrutura dos lares brasileiros: pela primeira vez, pessoas pardas representam a maior parcela de chefes de família no país, com 43,8% dos domicílios. Em comparação, pessoas brancas agora respondem por 42,2% das chefias familiares, uma queda em relação a 2010, quando esse grupo era maioria com 49,4% dos responsáveis.
O levantamento também indica aumento no número de pessoas pretas à frente dos lares, que passou de 9,0% para 11,7% entre 2010 e 2022. A proporção de indígenas no comando dos domicílios teve uma pequena elevação, de 0,4% para 0,5%, enquanto a de pessoas amarelas caiu de 1,2% para 0,5% no mesmo período.
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A análise regional dos dados revela que, nos estados do Sul, além de São Paulo e Rio de Janeiro, a maioria dos chefes de domicílio se identifica como branca. Em contrapartida, nas demais unidades da federação, a maior parte dos responsáveis pelos lares se declarou parda. Em Roraima, 10,2% dos chefes de domicílio são indígenas, seguido pelo Amazonas com 5,7% e Mato Grosso do Sul com 2,7%. A Bahia registra o maior percentual de pessoas pretas na chefia familiar, com 25%.
A pesquisa Composição Familiar no Brasil, do Censo Demográfico 2022, apresenta um panorama atualizado da liderança nos lares brasileiros, evidenciando mudanças significativas na composição por cor ou raça ao longo da última década.
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