Sete policiais militares envolvidos na morte do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, o DG, foram absolvidos pelo 1º Tribunal do Júri do Rio, nesta quarta-feira (16). O jovem de 26 anos foi encontrado morto no Morro Pavão-Pavãozinho, na Zona Sul do Rio de Janeiro, durante uma operação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), em abril de 2014.
DG trabalhou no corpo de baile do programa ‘Esquenta‘, na TV Globo, durante quatro anos, e sua morte causou comoção nacional. À época, amigos afirmaram que ele havia sido morto por PMs após ser confundido com um traficante.
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O policial Walter Saldanha Junior, apontado como o autor do disparo que matou o dançarino, foi inocentado. Ele chegou a ser preso após a morte do jovem, mas conseguiu um habeas corpus em 2015, para aguardar o julgamento em liberdade. “As hipóteses da perícia foram derrubadas, pois não corroboraram com a dinâmica dos fatos nem as lesões encontradas no corpo da vítima”, disse o advogado de defesa Marcos Espínola.
Os outros seis policiais, Rodrigo Vasconcellos de Oliveira, Rodrigo dos Santos Bispo, Rafael D’Aguila do Nascimento, Alessandro da Silva Oliveira, Eder Palinhas Ribeiro e Evandro dos Santos Dias foram absolvidos da acusação de falso testemunho.
Após os debates, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) se pronunciou pela inocência dos réus. Os jurados, por unanimidade, decidiram inocentar os policiais militares, e a juíza Alessandra Rocha Lima Roidis anunciou o veredito.
Relembre o caso
Em 22 de abril de 2014, segundo o Comando de Polícia Pacificadora (CPP), houve um confronto entre policiais e traficantes na noite anterior, e pela manhã foi achado o corpo do dançarino DG dentro de uma escola na parte alta da comunidade Pavão-Pavãozinho. Ele foi atingido por um tiro nas costas, que destruiu o seu pulmão e a parte de cima do braço direito. Segundo o Instituto Médico-Legal (IML), DG teve uma hemorragia interna.
De acordo com as investigações, mesmo ferido, DG tentou escapar dos tiros, saltando entre lajes e muros à sua frente. Ele foi visto andando de forma cambaleante e caindo até chegar a um muro onde desabou. Seu corpo foi encontrado com a camisa do avesso. Segundo relatos de amigos, DG estava na comunidade para visitar sua filha, que na época tinha 4 anos.
“Ele morreu à 1h com marca de espancamento. Mais de 12 horas depois a gente conseguiu ver o corpo. Estava em posição de defesa, todo machucado”, disse a Maria de Fátima da Silva, mãe e técnica de enfermagem.
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