O ator, apresentador e empresário Rafael Zulu estreou no último dia 4 o programa “Pai é Pai”, ao lado de sua filha Luiza, de 16 anos. A nova atração do canal GNT propõe uma reflexão profunda sobre as relações entre pais e filhas, abordando a diversidade do cotidiano e as complexidades do papel paterno.
Com uma proposta inovadora, o programa busca retratar histórias de famílias negras, destacando suas tradições e valores fundamentados no afeto. A série vai além dos estereótipos, enfatizando a importância de uma paternidade saudável, plural e inclusiva. Entre os convidados especiais estão nomes como Antônio Pitanga, Douglas Silva, Raphael Logam, Péricles, Babu Santana e David Júnior, que compartilham suas experiências pessoais e familiares.
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Rafael Zulu explicou que o programa nasceu do desejo de dividir com o público sua relação com Luiza, marcada por diálogo, parceria, amor e desafios. Ele destacou que a iniciativa visa desconstruir a visão estigmatizada sobre os pais negros, frequentemente retratados como ausentes ou violentos. “O programa nasceu, antes de qualquer coisa, para dividir com o mundo a minha relação com a Luiza, que é uma relação de diálogo, parceria afeto, carinho, amor e desafios – porque nem sempre é um mar de flores, muito pelo contrário –, mas também para a gente poder falar dessa falsa certeza que o mundo tem de que o pai preto abandona, é violento, não tem carinho e não consegue distribuir isso“, diz Zulu. “Eu até brinco que a natureza normal seria essa, porque chegamos no Brasil pelas mãos violentas dos colonizadores, e reproduzir aquilo que você não tem é muito mais difícil. A gente não teve amor, carinho e afeto de quem nos trouxe para cá. Mas, ainda assim, conseguimos ressignificar esse papel e somos pais completamente diferentes disso que o mundo e a forma como o mundo enxerga”.
A negritude é um elemento central em “Pai é Pai”, não apenas nos temas abordados, mas também na composição da equipe de produção, que é majoritariamente formada por pessoas negras e pardas. “É muito interessante poder ter a oportunidade de estar em um espaço celebrando com outros pais exatamente o que a gente acredita. Diria que as últimas gerações de pais pretos, sobretudo, vem desconstruindo com muita sabedoria e com muita certeza aquilo que o mundo construiu da gente. Somos pessoas apaixonadas, delicadas e não abandonamos os nossos filhos“, diz Zulu.
Em um dos episódios, Luiza compartilhou uma reflexão que emocionou seu pai e os convidados: “Quando penso em me relacionar com alguém e percebo que, minimamente, não está próximo daquilo que espero e aprendi dentro de casa como sendo o ideal de relacionamento e do que é ser tratada, já pulo fora”.
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