A boxeadora camaronesa Cindy Ngamba levou o bronze nesta quinta-feira, 8, nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, sendo a primeira medalha na história da Equipe Olímpica de Refugiados. A seleção foi formada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e estreou no Rio 2016.
Na luta contra a panamenha Atheyna Bibeichi Bylon, Cindy teve um bom desempenho, mas perdeu na semifinal do boxe feminino na categoria até 75kg, com os juízes decidindo o resultado em 4-1 para a adversária. Na modalidade, todas semifinalistas garantem medalha de bronze.
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Uma das porta-bandeiras da seleção durante a cerimônia de abertura, esta é a primeira vez que Cindy Ngamba compete nos Jogos Olímpicos, além de também ter sido a primeira integrante da equipe olímpica de refugiados a se classificar em Paris 2024.
Cindy Ngamba é uma mulher lésbica, por isso teve de deixar Camarões, um país que criminaliza a homossexualidade. Ela se mudou para o Reino Unido com a família aos 11 anos e recebeu o status de refugiada em 2021 porque poderia ter sido presa no país natal.
“Estamos muito orgulhosos de Cindy. Desde que ela faz parte desta equipe, ela representa com graça e carisma. Ela faz história como o primeiro membro da equipe olímpica de refugiados a ganhar uma medalha olímpica – e ninguém jamais poderá tirar isso dela”, disse Masomah Ali Zada, chefe de missão da equipe olímpica de refugiados para os Jogos de Paris 2024, após a partida.
“Ela mostrou ao mundo o que os refugiados poderiam realizar. Ela também tem sido fonte de inspiração para uma população de mais de 120 milhões de pessoas e ajudou a destacar nossas histórias, nossas jornadas. Seremos eternamente gratos a ele”, completou.
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